
Em mar�o deste ano, o ministro Edson Fachin determinou o arquivamento parcial do inqu�rito 4.631, em rela��o ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) e aos deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Eduardo Henrique da Fonte (PP-PE). Eles eram investigados por corrup��o passiva, corrup��o ativa, evas�o de divisas e lavagem de capitais.
No entanto, o senador ainda � alvo de acusa��es no tribunal. No inqu�rito 4.720, Ciro Nogueira � acusado de obstru��o de Justi�a por supostamente tentar impedir o avan�o de dilig�ncias sobre uma organiza��o criminosa.
Na a��o, a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) afirma que Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte, amea�aram, deram dinheiro, prometeram cargos e pagaram despesas pessoais a Jos� Expedido, que � testemunha em outro inqu�rito que envolve os parlamentares e um ex-assessor de Ciro.
As vantagens teriam sido pagas, assim como feitas as amea�as, para que Expedido mudasse um depoimento que prestou � Pol�cia Federal em 2016. Ciro � acusado pelo Minist�rio P�blico de pedir, em 2014, R$ 2 milh�es a Ricardo Pessoa, ent�o dono da construtora UTC.
No inqu�rito 4.407, que tramita no �mbito da Opera��o Lava-Jato, Ciro Nogueira � acusado de receber R$ 300 mil em propina da Odebrecht, em repasses de campanha n�o declarados.
"Os colaboradores afirmam que, nos anos de 2010 e 2014, o senador Ciro Nogueira os procurou para pedir que a empresa efetuasse repasses financeiros, a pretexto de sua campanha eleitoral e para o Partido Progressista", escreve o Minist�rio p�blico na den�ncia, citando dela��es de Claudio Melo Filho, ex-diretor do Setor de Rela��es Institucionais da Odebrecht, e Benedicto Barbosa, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura.
Uma das investiga��es est� parada ap�s um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes. Um segundo inqu�rito aguarda apresenta��o da den�ncia, e o terceiro, aceita��o das acusa��es pelo Supremo.
O PP � o partido com a maior quantidade de pol�ticos envolvidos na Lava-Jato. Foram 31 processos contra parlamentares da sigla, sendo que 12 obtiveram decis�es negativas no Supremo, com a continuidade das investiga��es ou condena��es. Oito alvos tiveram as den�ncias rejeitadas e os casos arquivados.
Os demais, que n�o foram arquivados, ou tiveram den�ncia aceita, ainda tramitam na mais alta corte de Justi�a do pa�s. A chegada de Ciro Nogueira ao governo, se confirmada, representa o ingresso do Centr�o, maior bloco pol�tico do Congresso, na c�pula do Poder Executivo.
A nomea��o dele seria uma forma de obter apoio no parlamento para evitar um impeachment e rea��es, caso Bolsonaro vete o aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilh�es em 2022.