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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro deve ter puni��o por kit covid, diz senador


02/08/2021 07:51

O senador Otto Alencar (PSD-BA), integrante da CPI da Covid, cobrou neste domingo, 1�, a responsabiliza��o do presidente Jair Bolsonaro pelo apoio do tratamento precoce ao longo da pandemia. A cloroquina e outros rem�dios defendidos pelo presidente n�o t�m respaldo cient�fico contra o novo coronav�rus. O parlamentar se manifestou ap�s o Estad�o mostrar neste s�bado, 31, com base em estudo da consultoria LLYC, que Bolsonaro foi o principal influenciador no apoio ao kit covid nas redes sociais no primeiro ano da crise sanit�ria.

A LLYC rastreou cerca de 20 milh�es de men��es a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina na rede social Twitter. No total, 1,85 milh�o de contas foram analisadas. Com um algoritmo, foi poss�vel organizar os perfis de acordo com a posi��o sobre o tratamento precoce: neutro, favor�vel e contr�rio.

No estudo, Bolsonaro � o principal influenciador sobre o assunto na plataforma no primeiro m�s ap�s o in�cio da quarentena, de mar�o a abril, e depois entre agosto e o fim de 2020. Alguns dos picos de men��es ao assunto tamb�m est�o ligados ao presidente - como em julho, quando ele divulgou ter se infectado e adotado o tratamento com hidroxicloroquina.

Para Alencar, as evid�ncias poder�o servir de base para a responsabiliza��o de Bolsonaro por infra��o de medida sanit�ria preventiva, crime previsto no artigo 268 do C�digo Penal. "Ele n�o � m�dico, n�o tem forma��o na �rea de sa�de e n�o tinha como estar receitando hirdoxicolorquina ou qualquer outro medicamento", afirmou o senador ao Estad�o ontem. A CPI retoma os trabalhos nesta semana.

"O Bolsonaro foi convencido por aquele gabinete paralelo e outros conselheiros n�o m�dicos de que a hidroxicloroquina funcionava, o que � absurdo. Ele defendeu isso e n�o quis recuar disso. At� hoje seus seguidores radicais acreditam nisso. Todos estudos foram feitos e a hirdoxicloroquina n�o tem efic�cia", disse. A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) tamb�m j� se posicionou contr�ria ao uso desse medicamento.

O "gabinete paralelo" � o nome dado a um grupo de assessores e especialistas formado no governo para orientar o presidente sobre o enfrentamento da crise sanit�ria e que seria respons�vel pela insist�ncia no uso da cloroquina contra a doen�a. Apontado como um dos l�deres desse comit�, o ex-assessor especial da Presid�ncia Arthur Weintraub � outro citado no estudo da LLYC.

Ele - irm�o do ex-ministro da Educa��o Abraham Weintraub - aparece em segundo entre os maiores influenciadores em mais de uma fase da pandemia, conforme o estudo da LLYC. Ele confirma ter indicado a cloroquina, mas nega o "gabinete paralelo". O Estad�o procurou na semana passada a Secretaria Especial de Comunica��o, do governo federal, e Weintraub para comentar o estudo, mas n�o obteve resposta.

Mortes

"Sem d�vida, uma cota das 550 mil mortes por covid foi em fun��o disso (defesa do tratamento precoce) e de aglomera��es, do n�o uso da m�scara, da falta de comprar vacinas no ano passado", afirmou Alencar.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente na CPI, tamb�m concorda que a desinforma��o � parte importante do momento que o Pa�s vive. "A desinforma��o � uma parte relevante da trag�dia que vivemos. A CPI e a vacina t�m contribu�do para impedir essa desinforma��o", afirmou ontem.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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