
A contagem de votos via c�dulas f�sicas � reivindica��o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A PEC sobre o tema foi apresentada por Bia Kicis (PSL-DF), aliada ao chefe do poder Executivo. O texto foi pensado para que o eleitor pudesse consultar, em papel, os votos dados na urna eletr�nica. As escolhas ficariam registradas em um documento que poderia ser conferido visualmente pelo cidad�o ainda no ato da vota��o.
A baixa probabilidade de sucesso da pauta bolsonarista j� havia sido ressaltada pelo presidente da C�mara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Com isso, o texto ser� arquivado.
"O que est� acontecendo aqui � um desvio de foco para n�o se discutir os verdadeiros problemas do pa�s. Esses negacionistas s�o os mesmos que n�o queriam vacina", afirmou o deputado Aliel Machado (PSB-PR) durante a sess�o.
Major Vitor Hugo (PSL-GO), ex-l�der do governo Bolsonaro, chegou a defender o adiamento da vota��o, o que n�o aconteceu. J� Kim Kataguiri (DEM-SP) disse que um grupo de deputados "traidores" da base governista, temerosos por uma rejei��o do voto impresso, mudaram de opini�o a fim de tentar atrasar a an�lise.
Comiss�o j� havia rejeitado auditoria em papel
Na semana passada, a Comiss�o Especial constitu�da para analisar a PEC do voto impresso j� havia recha�ado parecer do deputado Filipe Barros (PSL-PR), que recomendou aos colegas a aprova��o do texto. O comit� aprovou, um dia depois, o relat�rio de Raul Henry (MDB-PE) que opinou pela rejei��o da auditoria em papel.
Mesmo com a derrota do texto, Lira resolveu submeter o tema ao conjunto de deputados. Ele se amparou no fato de a Comiss�o Especial n�o ser terminativa - e, sim, consultiva. Portanto, a tramita��o p�de continuar.
Ao anunciar que a mat�ria iria compor a pauta do plen�rio nesta semana, Lira afirmou que a decis�o foi tomada "pela tranquilidade das pr�ximas elei��es".
Antes da vota��o, Bras�lia teve desfile militar
Horas antes da sess�o deliberativa desta ter�a come�ar, houve um desfile de tanques e outros ve�culos militares da Marinha por Bras�lia. O aparato militar passou pela Esplanada dos Minist�rios e parou diante do Pal�cio do Planalto, para convidar Bolsonaro a um exerc�cio de demonstra��o.
Embora tenha definido a ocorr�ncia do ato no dia da an�lise do voto impresso como "triste coincid�ncia", Lira garantiu, logo que chegou ao Congresso Nacional, a manuten��o do tema na pauta.
"Temos assuntos muito mais importantes que o voto impresso para serem debatidos. Por isso coloquei em pauta, para ser finalizado e focarmos no Brasil", pontuou.