
“Quando o Tribunal do J�ri me absolver voc�s v�o colocar a cabe�a no travesseiro e v�o se arrepender por condenar algu�m que ainda n�o foi julgado", disse a deputada na tribuna da C�mara. “A Flordelis que est� aqui est� destru�da. Eu n�o tinha condi��es de vir para c�, mas eu vim, por respeito a essa Casa”, explicou.
Flordelis � acusada de ser a mandante do assasinato do pr�prio marido, o pastor Anderson do Carmo. Ele foi executado com mais de 30 tiros na porta da casa do casal em Pendotiba, Niter�i (RJ).
Na �poca do assassinato, a deputada federal afirmou que se tratava de um assalto. Apesar disso, a investiga��o conduzida pelo Minist�rio P�blico e pela Pol�cia Civil n�o demorou muito para encontrar diverg�ncias nos depoimentos, al�m de outras evid�ncias.
De acordo com a investiga��o, a fam�lia tentou esconder as evid�ncias dos crimes chegando at� mesmo a fazer uma fogueira no quintal da casa para destruir provas.
Os policiais acreditam que Flordelis tentou assassinar o pastor pelo menos seis vezes por envenenamento, al�m de contratar pistoleiros em outras duas vezes.
“Ainda d� tempo de voc�s fazerem justi�a. Meus pares, deputados e deputadas desta Casa. N�o me cacem. Ainda d� tempo de justi�a. Voc�s n�o tem todos os elementos. Voc�s n�o t�m os elementos necess�rios para minha cassa��o. Sejam justos e n�o me cassem”, pediu Flordelis aos deputados na C�mara.
Ainda de acordo com a parlamentar, muitos dos parlamentares n�o leram o caso por conta da pandemia de COVID-19, o que faz deles inaptos a julgar sua cassa��o.
“Muitos dos senhores e senhoras n�o conhecem meu processo porque n�o leram”, disse. “Me pergunto, � justo? Sem conhecer, sem ler...que me julguem? Sem saber da verdade. Como voc�s estariam se tivesse no meu lugar hoje?”, afirmou.
"Se eu sair daqui hoje, saio de cabe�a erguida porque sei que sou inocente. E todos ainda v�o saber que eu sou inocente. Minha inoc�ncia ser� provada. Vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, dos meus filhos e da minha fam�lia, que est� sendo injusti�ada tamb�m.”
No Conselho de �tica da C�mara, a maioria dos deputados foi favor�vel ao parecer do relator, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), para quem Flordelis violou o C�digo de �tica e Decoro Parlamentar.