O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) se manifestar sobre o pedido do ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, para ser colocado em pris�o domiciliar. O despacho foi feito nesta quinta-feira, 19.
Aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, o petebista foi preso preventivamente na semana passada no chamado 'inqu�rito das mil�cias digitais', que apura a atua��o uma rede voltada � promo��o de pautas antidemocr�ticas na internet. A pris�o provocou atrito com a PGR, que teve 24 horas para se manifestar sobre o pedido de pris�o apresentado pela Pol�cia Federal, mas n�o cumpriu o prazo. O parecer contr�rio s� ficou pronto depois que Moraes j� tinha autorizado o cumprimento do mandado. Na avalia��o do �rg�o, a deten��o representa 'censura pr�via � liberdade de express�o'.
Na outra ponta, a Pol�cia Federal apontou uma escalada da atua��o do pol�tico na promo��o de ataques �s institui��es e pediu a pris�o. De acordo com a PF, o comportamento demonstra 'ader�ncia volunt�ria ao mesmo modo de agir da associa��o investigada, focada nos mesmos objetivos: atacar integrantes de institui��es p�blicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, refor�ar o discurso de polariza��o e de �dio; e gerar animosidade dentro da pr�pria sociedade brasileira, promovendo o descr�dito dos poderes da rep�blica'.
A defesa do ex-deputado pediu a reconsidera��o do regime fechado para o domiciliar por causa do quadro de sa�de de Jefferson. Aos 68 anos, ele tem diabetes, hipotireoidismo e diverticulite, segundo os advogados.
O presidente nacional do PTB est� no Complexo de Bangu, na zona oeste do Rio. Ao decretar sua pris�o, Moraes viu ind�cios dos crimes de cal�nia, difama��o, inj�ria, incita��o ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associa��o criminosa, denuncia��o caluniosa, al�m de delitos previstos na Lei de Seguran�a Nacional e no C�digo Eleitoral.
POL�TICA