
S� no YouTube, os 14 canais atingidos pelo despacho da �ltima segunda-feira podem gerar at� US$ 2,9 milh�es por ano em receitas — cerca de R$ 15 milh�es, segundo a cota��o do d�lar de ontem.
O c�lculo � feito com dados da Social Blade, ferramenta que gera estat�sticas sobre redes sociais e permite an�lises variadas, como sobre comportamento de seguidores, n�veis de intera��o e previs�o de ganhos. Por meio de nota, o YouTube n�o revelou quantias, mas confirmou a reuni�o, com representantes de outras empresas “para discutir e analisar a viabilidade das determina��es”.
“Refor�amos nosso compromisso de permanecer colaborando com o trabalho das autoridades no Brasil e de prosseguir investindo em pol�ticas, recursos e produtos para proteger a comunidade do YouTube de conte�do nocivo”, destacou a nota.
Em um inqu�rito paralelo ao do TSE, o dos atos antidemocr�ticos, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contabilizou US$ 1,1 milh�o obtido por canais bolsonaristas. Esse montante, por�m, dizia respeito a alguns canais distintos dos alcan�ados pelo Tribunal Eleitoral e considerava receitas de junho de 2018 a maio de 2020.
O maior canal bolsonarista afetado � o Folha Pol�tica, com 2,5 milh�es de inscritos e um ganho que pode se aproximar de US$ 1,7 milh�o por ano, segundo a Social Blade. Na convers�o, o valor passa de R$ 5 milh�es. Um dos v�deos destacados no relat�rio policial que baseou o despacho do corregedor da Justi�a Eleitoral d� uma vers�o falsa sobre ataques de hackers ao TSE. Alega que invasores acessaram “o sistema, a nave-m�e, o c�rebro, o computador do TSE”.
O faturamento desses canais vem de v�deos que exploram informa��es falsas ou tiradas do contexto, como no caso da urna eletr�nica. Por supostamente revelar informa��es “secretas e bomb�sticas”, atraem o interesse de milh�es de pessoas. Juntos, os 14 canais na mira do TSE somam 10,1 milh�es de seguidores. � quase o triplo dos 3,5 milh�es de inscritos no canal oficial do presidente Jair Bolsonaro no YouTube.
O processo contra as 11 plataformas sociais acusadas de divulgar conte�do falso, ataques ao sistema eleitoral e a institui��es como o Supremo Tribunal Federal (STF) corre em segredo de Justi�a, segundo o TSE. Os valores arrecadados ir�o para uma conta judicial vinculada ao tribunal.(Com Ag�ncia Estado)