Em depoimento � CPI da Covid, o s�cio da farmac�utica Belcher Emanuel Ramalho Catori admitiu ter uma rela��o com o l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (PP-PR), mas voltou a negar que tenha tratado de vacina com o deputado, ou que Barros o tenha auxiliado nas negocia��es para venda do imunizante Convidencia ao governo federal.
Catori atribuiu a proximidade e a manuten��o de conversas com o parlamentar ao fato de ambos serem de Maring� (PR). "Eu converso com ele normalmente, mas nada sobre neg�cios. Ele � de Maring�, n�s somos de Maring�", disse o empres�rio, confirmando que tem conversas peri�dicas com Barros.
A Belcher representou o laborat�rio chin�s CanSino para venda da Convidencia, no Brasil, mas o neg�cio n�o foi fechado. A empresa chinesa revogou unilateralmente as credenciais da Belcher para representar o laborat�rio no Brasil por raz�es de compliance.
Segundo Catori, "em nenhum momento" Barros o ajudou nas negocia��es do imunizante, uma vez que para a vacina n�o seria necess�rio qualquer "interfer�ncia pol�tica". "Ele n�o me ajudou em nada sobre a vacina, o Brasil todo soube da nossa vacina; para vacina, a gente n�o precisa nenhuma interfer�ncia pol�tica, ainda mais se tratando vacina de uma dose", afirmou o empres�rio.
'Mera coincid�ncia'
O s�cio da Belcher Farmac�utica, classificou como "mera coincid�ncia" a contrata��o do advogado Fl�vio Pansieri pela empresa. Pansieri � ligado ao deputado Ricardo Barros e tamb�m representa o parlamentar, al�m de ter sido s�cio em neg�cios da fam�lia do l�der do governo na C�mara. De acordo com Catori, o advogado foi contratado como consultor para assuntos regulat�rios.
"� mera coincid�ncia", disse Catori durante depoimento na CPI da Covid, nesta ter�a-feira. Na audi�ncia, o empres�rio negou qualquer influ�ncia de Ricardo Barros nas tratativas de vacinas com o Minist�rio da Sa�de.
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