(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GOVERNO

Zema discute com Pacheco compensa��o para trag�dia de Mariana tamb�m

Governadores de Minas e do Esp�rito Santo se reuniram com o presidente do Senado para discutir poss�vel acordo semelhante ao de Brumadinho


25/08/2021 04:00

Zema, Pacheco e Casagrande se reuniram em Brasília para discutir a crise política e possível acordo sobre rompimento da barragem da Samarco(foto: PEDRO GONTIJO/AGÊNCIA SENADO)
Zema, Pacheco e Casagrande se reuniram em Bras�lia para discutir a crise pol�tica e poss�vel acordo sobre rompimento da barragem da Samarco (foto: PEDRO GONTIJO/AG�NCIA SENADO)


Os governadores de Minas, Romeu Zema (Novo), e do Esp�rito Santo, Renato Casagrande (PSB), se reuniram na manh� de ontem com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no Distrito Federal, para tratar de poss�vel acordo sobre a trag�dia socioambiental ocorrida em Mariana, na Regi�o Central do estado, em 5 de novembro de 2015, quando uma barragem de rejeitos minerais da mineradora Samarco se rompeu e causou, al�m de imensur�vel dano ambiental at� o Esp�rito Santo, a morte de 19 pessoas.

A ideia � criar um pacto semelhante ao fechado em fevereiro deste ano em rela��o a outra trag�dia socioambiental envolvendo minera��o: a de Brumadinho, tamb�m na Regi�o Central. Em 25 de janeiro de 2019, uma barragem da empresa Vale se rompeu e provocou 270 mortes (10 corpos seguem desaparecidos), al�m de grandes danos aos meio ambiente. O "acordo da Vale" prev� R$ 37,68 bilh�es para repara��o em cidades de todas as regi�es de Minas. Nenhuma repara��o nesse sentido ocorreu em rela��o � trag�dia causada pela Samarco.

Rodrigo Pacheco disse que um acordo n�o passa pelo Senado diretamente, mas salientou o apoio � causa dos governadores. O senador tamb�m disse que os governadores precisam se reunir agora com a Uni�o, o Minist�rio P�blico e o Judici�rio para costurar uma repara��o em comum, tendo como inspira��o Brumadinho. "Os estados, por meio de suas advocacias-gerais, devem se sentar � mesa com representantes da Uni�o, dos minist�rios p�blicos e do Judici�rio para chegar a um bom termo relativo � indeniza��o” afirmou o parlamentar ap�s o encontro.

“N�o vamos ter a supera��o da perda de vidas, dos impactos na bacia ao longo do Rio Doce, porque com isso n�s vamos conviver para sempre. Mas, ainda neste ano, � preciso dar uma solu��o devida a isso. � preciso uma grande concilia��o. Embora o Senado n�o participe como sujeito, � nosso dever, como Casa democr�tica e de representa��o dos estados da Federa��o, dar condi��es para que esse acordo aconte�a. Podem contar comigo", completou Pacheco.

Outros integrantes dos governos de Minas e do Esp�rito Santo estiveram no Senado para a reuni�o. Entre os mineiros, o secret�rio-geral de Estado, Mateus Sim�es; a secret�ria de Planejamento e Gest�o, Lu�sa Barreto; o advogado-geral do Estado, S�rgio Pessoa; e o secret�rio-adjunto de Planejamento e Gest�o, Lu�s Ot�vio Milagres. Pelo lado capixaba, al�m de Casagrande, estiveram presentes o procurador-geral do Estado, Jasson Amaral; e o secret�rio de Estado de Governo, Gilson Daniel Batista.

OUTRO CORPO ENCONTRADO

Mais um corpo foi encontrado ontem pelo Corpo de Bombeiros na �rea de inunda��o da trag�dia de Brumadinho. Se � ou n�o de um dos 10 desaparecidos, s� o Instituto M�dico-Legal (IML), da Pol�cia Civil, vai poder confirmar. Segundo os bombeiros, o corpo estava na �rea que se denomina Remanso 1, ao lado direito do distrito de C�rrego do Feij�o, onde a barragem estava. “Pelo estado de integridade de corpo h� uma forte possibilidade de se tratar de uma nova identifica��o”, informou a corpora��o. O achado ocorreu por volta das 16h45. Os militares acreditam se tratar de um homem.

Foi o 942º dia da Opera��o Brumadinho do Corpo de Bombeiros. O �ltimo desaparecido encontrado foi o soldador da Vale Renato Eust�quio de Souza. A Pol�cia Civil identificou o corpo dele em 27 de maio deste ano, mais de quatro meses depois que os bombeiros encontraram um fragmento do f�mur dele, em 14 de janeiro. Renato tinha 34 anos em 25 de janeiro de 2019, quando a Barragem 1 da Mina do C�rrego do Feij�o se rompeu.

Pelo Twitter, o governador Romeu Zema informou o encontro do corpo. ''Com incans�vel trabalho, os bombeiros de Minas localizaram hoje, por volta das 17h, mais uma joia ainda desaparecida na trag�dia em Brumadinho. � um alento para as fam�lias que aguardam a localiza��o e identifica��o das v�timas do rompimento da mina do C�rrego do Feij�o. Aparentemente uma v�tima masculina, essa joia foi encontrada na regi�o do Remanso 1. A esperan�a nos acompanha”, afirmou.

Reuni�o com outros chefes do Executivo

Ap�s reuni�o com os governadores Romeu Zema e Renato Casagrande, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tamb�m confirmou que ir� se reunir com outros governadores na pr�xima semana para discutir pol�tica e a economia do pa�s. “O Brasil passa por um momento de tens�o envolvendo os poderes, em especial quanto � rela��o entre Executivo, por meio do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro (sem partido), e o Judici�rio, por meio do Supremo Tribunal Federal (STF). “O governador Renato Casagrande solicitou uma agenda para que eu possa receber os governadores. Eu vou organizar esse encontro para receb�-los no Senado Federal. � esse di�logo permanente que estamos buscando no Brasil, de procurar os consensos e diminuir as diverg�ncias. Vamos buscar alinhar as pautas, e essa � uma iniciativa muito importante dos governadores de se manifestarem em defesa da democracia, do di�logo e da pacifica��o", disse Pacheco.

Na reuni�o do F�rum de Governadores, na segunda-feira, Zema discursou durante quase tr�s minutos e disse que, em vez de carta em defesa da democracia, os governadores deveriam tentar marcar reuni�o com o presidente Jair Bolsonaro, como acabou sendo feito. E fez cr�ticas ao pr�prio f�rum, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso ao comentar a crise entre Bolsonaro e o Judici�rio.

“Vejo que h�, sim, grande insatisfa��o nossa, governadores, da popula��o, com esses ataques � democracia. Compartilho plenamente [contra] desses ataques. Sei que n�o temos tido boa vontade por parte do poder p�blico federal com rela��o �s institui��es, mas o que questiono � o formato. Vejo que esse formato de a cada fato ser emitida uma carta, um comunicado, n�o � satisfat�rio. Como foi dito pelo [governador de Santa Catarina] Mois�s, talvez o melhor seja uma reuni�o com os envolvidos, estarmos questionando frente a frente e, principal-   mente, estarmos levando propostas. Ficar mandando pedra, mais uma vez, n�s vamos cair nessa vala da polariza��o, de que estamos s� seguindo caminhos opostos, cada vez mais distantes”, afirmou Zema aos governadores presentes.

Ele disse tamb�m: “Se o presidente [Bolsonaro] tem defeitos, quero lembrar aqui que tamb�m dever�amos apontar defeitos do Supremo. Sabemos que alguns meses atr�s o Supremo liberou bandido de alt�ssima periculosidade. O F�rum de Governadores se manifestou a respeito? N�o vi”. E completou: “Dever�amos tamb�m nos manifestar a respeito do Congresso. Julgo um absurdo o Congresso liberar uma verba de quase R$ 7 bilh�es [na verdade, R$ 5,7 bilh�es] no momento em que a maioria da popula��o passa fome. N�o vi ningu�m propondo isso. Ent�o, vamos abranger a pauta tamb�m. Parece que o F�rum de Governadores ficou muito focado no Executivo. Mas tenho muitas pautas aqui que me perturbam no Congresso e no Supremo tamb�m. Ent�o, vejo, que essas a��es que esses outros poderes fazem tamb�m acabam prejudicando muito a governabilidade e at� mesmo a democracia do nosso pa�s. Fica a� a sugest�o”.

ENQUANTO ISSO...

...MP quer j�ri popular por mortes em itabirito

O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) pleiteia na Justi�a que os respons�veis pelo rompimento da barragem de rejeitos da Herculano Minera��o, em Itabirito, na Regi�o Central de Minas, sejam levados a j�ri popular. O �rg�o acusa os r�us por homic�dio qualificado e crime ambiental. A trag�dia, que ocorreu em setembro de 2014, matou tr�s pessoas, al�m de causar grave dano ao meio ambiente. O pedido foi feito � 1ª Vara da Comarca de Itabirito, assinado por promotores de Justi�a da cidade, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justi�a Criminais (Caocrim) e da Defesa do Meio Ambiente (Caoma). Na peti��o, as promotorias sustentam que h� provas suficientes para que os denunciados sejam julgados pelo Tribunal do J�ri. O reservat�rio se rompeu em 10 de setembro de 2014. Com a ruptura, toneladas de rejeitos foram carreados, o que gerou o rompimento da Barragem B2 e o galgamento da Barragem B3. Tr�s trabalhadores da mineradora morreram no desastre. O material derramado atingiu ainda o Ribeir�o do Silva, o que resultou em grande polui��o. Procurada pela reportagem, a Herculano Minera��o ainda n�o se pronunciou sobre o caso.
 
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)