
Antes de atender ao pedido de Leal, o ministro determinou o afastamento do delegado do inqu�rito, alegando que ele solicitou informa��es sem pertin�ncia no caso ou qualquer rela��o com a investiga��o.
O delegado pediu informa��es � PF sobre atos administrativos do atual diretor-geral da corpora��o, Paulo Maiurino, e � Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) sobre relat�rios que teriam sido produzidos pela Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e pelo Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) para orientar a defesa do senador Fl�vio Bolsonaro (Patriota-RJ) no caso das rachadinhas. Moraes anulou as medidas.
Na decis�o que permitiu novas oitivas, Moraes atendeu ao pedido de Leal para que julgasse se a decis�o do ex-ministro Celso de Mello, que divulgou as grava��es da reuni�o ministerial realizada em abril de 2020 pelo governo Bolsonaro, continua valendo.
Em maio daquele ano, Mello autorizou o acesso do Minist�rio P�blico, dos advogados do ex-ministro Sergio Moro, do Advogado-Geral da Uni�o e de delegada da PF, ao v�deo do encontro de ministros de Estados. A decis�o do magistrado foi tomada para que todos, inclusive os defensores dos investigados, pudessem orientar a formula��o das perguntas a serem feitas durante os depoimentos das testemunhas.
A reuni�o ministerial ficou conhecida por ataques � democracia realizados por ministros e frases como "passar a boiada", dita pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O pedido do delegado da PF ao Supremo frisa que a decis�o de Celso de Mello naquele momento "oportunizou a formula��o de perguntas", durante a realiza��o dos depoimentos, "por parte n�o apenas do Minist�rio P�blico Federal, como tamb�m dos advogados dos investigados".
O inqu�rito em curso no Supremo investiga as acusa��es apresentadas pelo ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica Sergio Moro de que Bolsonaro teria agido sem seu consentimento na indica��o de nomes para comandar a PF, com o objetivo de interferir politicamente na institui��o. O presidente teria feito uma tentativa de aparelhar o �rg�o de Estado visando proteger seus filhos e aliados, que naquele momento estavam na mira de investiga��es em potencial.