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Estado de Minas ELEI��ES 2022

'Nada afetar� as chances de Rodrigo Pacheco", diz o presidente do PSD

Gilberto Kassab aguarda filia��o do presidente do Senado ao PSD e diz que a candidatura dele tem for�a para chegar ao segundo turno


29/08/2021 04:00 - atualizado 29/08/2021 07:33

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 5/1/21)

Bras�lia – A pouco mais de um ano das elei��es de 2022, os eleitores que n�o pretendem votar no presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nem no ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) – em torno de 40% do total, segundo as pesquisas de inten��o de voto – ainda aguardam a defini��o de um nome que vai representar a chamada terceira via na disputa. Entre as for�as pol�ticas de centro, o PSD est� bem avan�ado nessa discuss�o. Em breve, o partido deve ter entre os seus quadros o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que cogita deixar o DEM para concorrer ao Pal�cio do Planalto.
 
Em entrevista ao Correio Braziliense, dos Di�rios Associados, o ex-prefeito de S�o Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, diz confiar em que Pacheco, caso confirme sua pr�-candidatura, passar� a ser mais conhecido nacionalmente e subir� na prefer�ncia dos eleitores. Segundo Kassab, o preparo intelectual, a habilidade pol�tica e o discurso conciliador que o senador tem adotado o levar�o ao segundo turno da corrida presidencial.
 
Durante a conversa, Kassab garante que o PSD nunca teve qualquer tipo de v�nculo com o chamado Centr�o, bloco partid�rio que negociou cargos em troca de apoio, no Congresso, a Bolsonaro e que assume cada vez mais o controle do governo. 
 
O presidente do PSD diz ainda que dificilmente o presidente ser� reeleito, em raz�o de falhas de seu governo na pandemia e dos “desgastes gerados por pol�micas e confus�o” em torno da seguran�a das urnas eletr�nicas. “A  sociedade brasileira fica estarrecida quando ele (Bolsonaro)  vem com essas manifesta��es, amea�ando as elei��es. Isso beira o rid�culo”, afirma. Confira os principais trechos da entrevista.
 
Est� definida a data de filia��o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao PSD?
Quero dizer que n�o posso falar pelo senador Rodrigo Pacheco. Combinamos de ele refletir sobre o projeto presidencial. Entendemos que o Rodrigo Pacheco tem o perfil que o Brasil precisa, o perfil de algu�m que possa desenvolver a uni�o do pa�s, a pacifica��o do pa�s. O senador � uma pessoa muito bem preparada, se constituiu em um dos maiores advogados do pa�s e, num determinado momento, resolveu ingressar na vida p�blica.

Para o senhor, quais s�o as credenciais do senadorRodrigo Pacheco?
Ele mostrou, ao ingressar na vida p�blica, a mesma compet�ncia que tem na sua profiss�o, de advogado, elegendo-se deputado federal por Minas Gerais, o que n�o � f�cil. Chegando � C�mara dos Deputados, assumiu a presid�ncia da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a, que � o segundo cargo da C�mara, e, diante do �xito do seu mandato, se apresentou, posteriormente, como candidato a senador por Minas, o que � mais dif�cil ainda. Foi eleito o senador mais votado e se tornou presidente da Casa. Portanto, tem todas as premissas de uma pessoa habilitada a ser candidata � Presid�ncia da Rep�blica e, evidentemente, ser um bom presidente. Talento para a pol�tica, boa forma��o moral, profissional, �tica na conduta, tudo isso o habilita a ser candidato. Evidentemente, essa avalia��o foi acompanhada de um convite para se filiar e ser o candidato do PSD, at� porque ele tem como base principal todo esse curr�culo, que o credencia. Como ele tem um senso, uma sensibilidade pol�tica muito grande, eu acredito que ele vai avaliar, e est� avaliando, e chegar � conclus�o de que o Brasil precisa de algu�m com o seu perfil. Acredito que ser� candidato, e n�s vamos ficar muito felizes com ele sendo o candidado do PSD.

Rodrigo Pacheco obteve 1% den inten��o de voto na primeira vez em que foi citado na pesquisa eleitoral XP/Ipespe. Como o senhor avalia esse resultado?
De uma maneira positiva, porque ele ainda n�o se apresenta como candidato, at� porque n�o se definiu; entendo que ele vai se definir, e tor�o para que se defina. A cita��o do seu nome por 1% dos entrevistados � bastante positiva, nos deixa bastante confiantes de que estamos acertando na defini��o da pessoa. Entendo, tamb�m, por ele nunca ter disputado uma elei��o nacional, que s� vai ter uma posi��o consistente nas pesquisas a partir de maio do ano que vem, quando estar� j� criado o clima da elei��o no Brasil.

O senhor considera que, no primeiro turno das elei��es presidenciais, pode haver mais de um  candidatorepresentando a terceira via?
Acho que a quest�o n�o � a terceira via. Cada partido tem a legitimidade para lan�ar os seus candidatos. Assim como n�s queremos lan�ar o nosso, eles t�m o mesmo direito, mas o eleitor, na reta de chegada, ele d� o seu voto �til se ele perceber que alguns dos candidatos t�m mais chances de segundo turno, de ganhar a elei��o, para enfrentar e vencer aquele que o eleitor rejeita. Ent�o, acho dif�cil que a gente n�o tenha pelo menos cinco candidatos, isso � normal no Brasil, mas nada afetar� as chances de Rodrigo Pacheco ir para o segundo turno. Acredito, definitivamente, que, no momento em que ele se apresentar como candidato, vai passar a ter uma visibilidade grande, as pessoas v�o conhec�-lo, v�o conhecer sua forma��o, e ele vai, com certeza, crescer nas pesquisas.

O Brasil est� no caminho certo para sair das crises sanit�ria, econ�mica, social e pol�tica?
N�o. N�o est� no caminho certo, eu estou muito preocupado com os reflexos dessa poss�vel reforma tribut�ria, que nada mais � do que uma reforma visando aumentar a arrecada��o. E, num momento de crise, quando todos perdem, qualquer um que seja instado a tributar um valor maior pode, efetivamente, ter dificuldades de sobreviv�ncia. (O governo) n�o est� no caminho certo na Comiss�o de Economia, principalmente por conta dessa proposta de reforma tribut�ria, n�o esteve corretamente posicionado na quest�o do enfrentamento � pandemia, principalmente, com os maus exemplos dos nossos governantes em desrespeito, como o uso de m�scara, o distanciamento, recomenda��o de vacina.

Em encontro com representantes da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, nesta semana, o senhor afirmou que Bolsonaro pode n�o disputar a reelei��o em 2022 se continuar apenas preocupado com pol�micas e sem preparar ‘palanques regionais’. O senhor acredita que o presidente pode ficar fora do segundo turno?
Reafirmo que n�o posso falar por ele, mas minha opini�o pessoal, o sentimento de uma an�lise pol�tica vendo o seu desgaste, a avalia��o do governo est� cada vez pior, ele n�o tem nem partido ainda. Portanto, acredito, sim, por essa an�lise, que ele possa n�o estar no segundo turno. Acho que a chance de ele n�o chegar ao segundo turno � grande hoje. Acho muito dif�cil, diante da grande rejei��o que ele tem.

Como o senhor avalia as amea�as de Bolsonaro contra a realiza��o das elei��es de 2022? E quanto ao poss�vel uso das For�as Armadas para atuarem como moderadoras da crise pol�tica?
Acho que � mais um equ�voco dele, a sociedade brasileira fica estarrecida quando ele  vem com essas manifesta��es, amea�ando as elei��es. Isso beira o rid�culo, at� porque o nosso sistema � confi�vel, � seguro. Ele � presidente da Rep�blica, foi eleito democraticamente, n�o pode vir e amea�ar, por motivos realmente inexplic�veis, a realiza��o das elei��es. No caso das For�as Armadas, elas  sempre cumprir�o o seu papel. A condu��o das quest�es pol�ticas cabe ao Congresso Nacional. E a estabilidade do Brasil hoje existe, as institui��es funcionam. Acho que s�o argumenta��es que s�o feitas publicamente apenas para causar confus�o, preocupa��o e, dessa maneira, come�ar a sociedade a entender que possa haver algo no sentido de abalar as nossas institui��es. N�o acredito nas propostas que v�o contribuir para a instabilidade da nossa democracia, da realiza��o das elei��es e da posse dos eleitos, quem quer que seja. 


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