"J� foi maior. A poeira est� baixando", afirmou o oficial, sob condi��o de anonimato, a respeito da ades�o de civis e militares aos atos do feriado. Segundo ele, cresceu na c�pula das For�as Armadas a percep��o de que n�o h� a menor possibilidade de rompimento com a democracia, mesmo ante as press�es do presidente para que elas atuem como moderadoras da crise entre o Executivo e o Judici�rio - o que � inconstitucional.
A fonte acrescentou que, para os militares de altas patentes, o pa�s tem muitas prioridades, sobretudo o combate � pobreza, � infla��o e ao desemprego. "Eles, inclusive, endossam as manifesta��es feitas pelo PIB em favor da democracia", enfatizou, referindo-se a um manifesto organizado pela Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), com a ades�o de mais de 200 entidades empresariais.
Os protestos do 7 de Setembro foram convocados por apoiadores do governo, em meio �s ofensivas de Bolsonaro contra o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente passou a ser investigado em inqu�ritos nas duas Cortes depois de dizer que n�o haver� elei��es em 2022 sem a ado��o do voto impresso. Organizadores dos atos, como o cantor sertanejo S�rgio Reis, se tornaram alvo de investiga��es da Pol�cia Federal ap�s prometerem "invadir" e "quebrar" a sede do Supremo para retirar os ministros � for�a.
O Governo do Distrito Federal vai mobilizar cerca de 5 mil agentes das for�as de seguran�a locais e federais para atuarem durante as manifesta��es. Sem detalhar o efetivo de cada uma, o secret�rio de Seguran�a do DF, J�lio Danilo Souza Ferreira, disse, em coletiva de imprensa, que participar�o pol�cias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros; policiais legislativos do Congresso; For�a Nacional de Seguran�a P�blica; militares do Gabinete de Seguran�a Institucional da Presid�ncia da Rep�blica (GSI) e seguran�as do STF.
Ferreira informou, tamb�m, que haver� revista contra armas e o fechamento total da Pra�a dos Tr�s Poderes. Segundo o secret�rio, o acesso � Esplanada, local onde os protestos devem se concentrar, ser� aberto apenas para pedestres.
Rebeli�es
O secret�rio ainda descartou a possibilidade de haver rebeli�es entre policiais durante o 7 de Setembro. Em todas as regi�es do pa�s, aumentou a preocupa��o das autoridades com eventuais atos de indisciplina depois de PMs irem �s redes sociais convocar os colegas a participar dos atos em apoio a Bolsonaro.
"N�o h� detec��o de levante ou movimentos por parte da Pol�cia Militar, Pol�cia Civil e Bombeiros, que venham utilizar da manifesta��o para levantes. A corpora��o est� bem tranquila. Estamos acompanhando a atua��o das for�as de seguran�a de forma coesa", declarou. "O Minist�rio P�blico do DF tamb�m acompanha. Foi emitida solicita��o, e temos agenda, devemos nos reunir com promotores da �rea da auditoria militar. Eles est�o atentos � situa��o. E, junto �s for�as militares, acompanham de perto essa movimenta��o."
Ferreira destacou que, apesar da expectativa de que os protestos sejam pac�ficos, foram planejadas a��es para coibir "pessoas que queiram se utilizar das manifesta��es para se impor de forma violenta". Segundo ele, est�o agendados 13 atos de grupos de direita, na Esplanada, e tr�s de esquerda, ainda sem local definido. A previs�o � de que os atos contra Bolsonaro ocorram na altura da Funarte. A Secretaria de Seguran�a P�blica estuda bloquear o acesso � Esplanada a partir de segunda-feira.
Controv�rsia
A Fiesp preparou um manifesto no qual pede harmonia entre os Poderes, mas adiou a divulga��o, sob a alega��o de ampliar o prazo para novas ades�es ao documento. O manifesto, no entanto, causou rea��o negativa da Caixa Econ�mica Federal e do Banco do Brasil, que amea�am deixar a Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban) - uma das signat�rias - se o documento for divulgado.