(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas 7 DE SETEMBRO

As amea�as de Bolsonaro em discurso a manifestantes no 7 de Setembro

Presidente usou repetidas vezes o argumento de que a Constitui��o estaria sendo ferida por outro Poder. Mas ele pr�prio fez amea�as que, se concretizadas, significariam viola��es graves da Constitui��o.


07/09/2021 12:30 - atualizado 07/09/2021 12:38

Bolsonaro discursa para apoiadores em Brasília neste 7 de setembro: presidente disse que atos são um 'ultimato' aos demais Poderes da República
Bolsonaro discursa para apoiadores em Bras�lia neste 7 de setembro: presidente disse que atos s�o um 'ultimato' aos demais Poderes da Rep�blica (foto: Reprodu��o/Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro fez uma s�rie de amea�as ao Supremo Tribunal Federal (STF) e � democracia nesta ter�a-feira (7/9) em discurso na Esplanada dos Minist�rios, em Bras�lia, para manifestantes que se reuniram no 7 de Setembro para apoiar o governo.

"N�o podemos continuar aceitando que uma pessoa espec�fica da regi�o dos Tr�s Poderes continue barbarizando a nossa popula��o. N�o podemos aceitar mais pris�es pol�ticas no nosso Brasil", disse Bolsonaro em refer�ncia ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou nesta segunda (5/9) a pris�o de apoiadores do presidente que publicaram amea�as ao tribunal e a seus membros.

"Ou o chefe desse Poder enquadra o seu ou esse Poder pode sofrer aquilo que n�o queremos, porque n�s valorizamos, reconhecemos e sabemos o valor de cada Poder da Rep�blica", completou Bolsonaro, conclamando o presidente do STF, Luiz Fux, a interferir nas decis�es de Moraes - algo que seria inconstitucional.

Em seguida, ele chegou a afirmar que Alexandre de Moraes "perdeu as condi��es m�nimas de continuar dentro daquele tribunal". E amea�ou: "N�o queremos ruptura, n�o queremos brigar com Poder algum, mas n�o podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade."

Em cima de um carro de som, diante de manifestantes que vestiam verde e amarelo, Bolsonaro usou repetidas vezes o argumento de que a Constitui��o Federal estaria sendo ferida por outro Poder. Mas ele pr�prio fez amea�as que, se concretizadas, significariam viola��es graves da Constitui��o.

"N�s todos na Pra�a dos Tr�s Poderes juramos respeitar a nossa Constitui��o. Quem age fora dela se enquadra ou pede para sair", disse, acrescentando que as manifesta��es do 7 de Setembro s�o um "ultimato" aos Poderes da Rep�blica.

"Pe�o a Deus coragem para decidir. N�o s�o f�ceis as decis�es. N�o escolham o lado do conforto. Sempre estarei ao lado do povo brasileiro. Esse retrato que estamos tendo nesse dia � de voc�s. � um ultimato para todos que est�o na pra�a dos Tr�s Poderes, inclusive eu, presidente da Rep�blica, para onde devemos ir", declarou.

No carro de som, bem ao lado de Bolsonaro, presenciando as amea�as do presidente, estava o ministro da Defesa, general Braga Netto.

"Eu jurei um dia, juntamente com (o vice-presidente) Hamilton Mour�o, juntamente com Braga Netto, darmos nossa vida pela p�tria. Voc�s, se n�o fizeram esse juramento, fizeram outro igualmente importante: dar a sua vida pela sua liberdade", declarou Bolsonaro.

"A partir de hoje uma nova hist�ria come�a a ser escrita aqui no Brasil. Pe�o a Deus mais que sabedoria, for�a e coragem para bem presidir", completou, sendo aplaudido por Braga Netto e demais ministros.

Ao final do discurso, Bolsonaro disse que se reunir� nesta quarta (8) com o Conselho da Rep�blica, para apresentar a "fotografia" de "onde todos devemos ir". O Conselho da Rep�blica � um �rg�o consultivo previsto na lei para ser usado pelo presidente em momentos de crise, para deliberar sobre: "interven��o federal, estado de defesa e estado de s�tio", al�m de decidir sobre "quest�es relevantes para a estabilidade das institui��es democr�ticas".

Esse �rg�o deve ser formado, conforme a legisla��o, pelo vice-presidente da Rep�blica, os presidentes da C�mara e do Senado, os l�deres da maioria e da minoria da C�mara e do Senado, o ministro da Justi�a e seis cidad�os brasileiros com mais de 35 anos- dois nomeados pelo presidente, dois pelo Senado e os outros dois pela C�mara.

A lei que criou o Conselho da Rep�blica � de 1990 e foi sancionada pelo ex-presidente Fernando Collor. Ela autoriza o conselho a "requisitar de �rg�os e entidades p�blicas informa��es e estudos" que se fizerem "necess�rios" ao seu funcionamento. A �ltima vez que o Conselho de reuniu foi em 2018, quando o ent�o presidente Michel Temer decidiu autorizar interven��o militar no Rio de Janeiro.

J� assistiu aos nossos novos v�deos no YouTube ? Inscreva-se no nosso canal!


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)