
ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, testou positivo para COVID-19
e dever� seguir quarentena nos Estados Unidos por 14 dias.
Ap�s o ocorrido, a Ag�ncia de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa)
recomendou � Casa Civil que a equipe que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na viagem a Nova York adote medida de isolamento social, permanecendo em quarentena assim que retornasse ao Brasil, o que inclui o chefe do Executivo brasileiro, que dever� realizar novo teste PCR ap�s 5 dias de contato com o ministro da pasta.
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A previs�o era de que Bolsonaro viajasse a Ponta Grossa, no Paran�, nesta sexta-feira (24/9), para participar de uma solenidade de entregas do governo federal ao estado. A reportagem questionou o Planalto se ele pretende seguir o isolamento recomendado pela Anvisa, mas n�o obteve resposta at� o momento.
Na ter�a-feira (21/9), apesar de ter feito um discurso mais moderado em compara��o aos anos anteriores, durante discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, Bolsonaro radicalizou em aceno � base eleitoreira. Em meio aos l�deres mundiais que defenderam a vacina��o frente � pandemia de COVID-19, Bolsonaro apontou que "at� novembro todos que escolheram ser vacinados no Brasil ser�o atendidos", mas que o governo n�o apoia o passaporte de imuniza��o.
Sem ter tomado as doses, o chefe do Executivo ainda defendeu o tratamento precoce, que n�o possui comprova��o cient�fica e disse que "a hist�ria e a ci�ncia saber�o responsabilizar a todos" que s�o contr�rios � medida e disse "n�o entender" a raz�o de "muitos pa�ses, juntamente com grande parte da m�dia, se colocarem contra o tratamento inicial". O presidente ainda jogou a culpa da infla��o em governadores por terem adotado medidas restritivas como o lockdown e falou sobre o esfor�o do governo em rela��o � vacina��o no pa�s.
Meio ambiente
Nos cerca de 12 minutos de discurso, Bolsonaro tentou pintar um cen�rio positivo para o pa�s, e, apesar de afirmar aos demais participantes do encontro que apresentaria um "Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televis�es", distorceu fatos e ignorou alguns acontecimentos.
Ele minimizou o desmatamento na Amaz�nia, apontando redu��o de 32% do desmatamento no m�s de agosto, quando comparado ao mesmo m�s no ano passado. Por�m, segundo dados informados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em agosto, a �rea desmatada foi 7% maior que no mesmo per�odo do ano anterior. De janeiro a agosto de 2021, cerca de 7.715 km² foram desmatados, 48% a mais que no mesmo per�odo em 2020.
Bolsonaro convidou os l�deres mundiais participantes da ONU a realizarem uma visita � Amaz�nia, nas entrelinhas, na tentativa de mostrar que o local n�o est� em chamas conforme indicado pelos meios de not�cia. E destacou tamb�m que o Brasil � exemplo na preserva��o de florestas e na gera��o de energia advinda de fontes renov�veis.
Credibilidade
O presidente tamb�m tentou atrair investidores, ao falar sobre o Brasil estar preparado para receber investimentos afirmando que seu governo recuperou a credibilidade externa e que, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos. No entanto, parte do agroneg�cio e do mercado financeiro usualmente simp�tico ao Planalto retirou seu apoio em meio � crise e � instabilidade pol�tica no pa�s.
Ap�s anunciar que citaria o debate sobre o marco temporal na semana passada, Bolsonaro recuou e evitou o assunto. Indiretamente, contudo, disse que, como 14% do territ�rio nacional pertence a ind�genas, n�o v� raz�o para demarca��es territoriais e defendeu a aprova��o de projetos que preveem atividades de extra��o de minerais em terras ind�genas.