
O ex-ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta disse que deixaria o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ap�s os ataques � democracia no �ltimo 7 de setembro caso n�o tivesse sido demitido no in�cio da pandemia da COVID-19 . Mandetta afirmou ainda que "600 mil vidas" o separam de Bolsonaro, se referindo aos 594.443 mortes de brasileiros por COVID-19 at� esta noite de demonig (26/09).
Mandetta destacou que ouviu �rg�os de sa�de pelo mundo para combater a COVID-19 no Brasil, mas disse que Bolsonaro afirmou que estava preocupado com a economia e que teria ressaltado que "vai morrer quem j� tinha que morrer". O ex-ministro da Sa�de, demitido justamente por discord�ncias com o presidente, disse que teria sa�do do cargo caso estivesse nele durante o 7 de setembro.
Na ocasi�o, Bolsonaro fez discursos com ataques � democracia, dizendo que n�o seguiria mais decis�es proferidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e que s� sairia da presid�ncia em caso de pris�o ou morte.
"Eu n�o negocio valores que s�o �ticos. Ali ele me decepciona e decepciona milh�es de brasileiros e continua nessa decep��o com os ataques � democracia. Mesmo que eu n�o tivesse sa�do naquele epis�dio (do come�o da pandemia), com certeza nesse ataque � democracia eu n�o ficaria porque � um dos princ�pios que me regem", disse o ex-ministro, em entrevista � "GloboNews" neste domingo (26/9).
No come�o do governo Bolsonaro, Mandetta relatou ter falado com o presidente e com o restante do corpo ministerial que "se quisessem enterrar definitivamente o PT, tinha que fazer um bom governo e trabalhar s�rio". No entanto, de janeiro de 2019 para c�, o ex-ministro da Sa�de disse que se v� afastado de Bolsonaro por "600 mil vidas".
"Hoje, 600 mil vidas me separam do Bolsonaro. S�o 600 mil raz�es que as tomadas de decis�es foram muito cru�is com o povo brasileiro, com as consequ�ncias socioecon�micas que estamos vivendo", concluiu.
