
Na semana passada, a Executiva Nacional do DEM tamb�m aprovou o avan�o da fus�o e autorizou a convoca��o do Diret�rio Nacional para o pr�ximo m�s para deliberar sobre isso. Se aprovada em outubro pelos dois partidos, articuladores da fus�o avaliam que a oficializa��o pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai acontecer at� fevereiro do ano que vem.
O novo partido ser� presidido pelo atual presidente do PSL, Luciano Bivar, e ter� o presidente do DEM, ACM Neto, na secretaria-geral. Em entrevista ao Estad�o, Neto afirmou que as decis�es da nova legenda n�o ficar�o concentradas na presid�ncia e ser�o feitas de forma "compartilhada e colegiada". "Todas as decis�es internas ter�o que passar por uma aprecia��o colegiada da comiss�o instituidora do partido", disse.
A fus�o das duas siglas, caso concretizada, ter� as maiores quantias dos fundos eleitoral e partid�rio e o maior tempo de r�dio e televis�o para a elei��o de 2022. O dinheiro ser� consequ�ncia de a nova sigla ter a maior bancada da C�mara, com 81 deputados, que tamb�m ter� for�a para definir os rumos dos projetos da Casa. Al�m disso, a legenda ter� quatro governadores e sete senadores.
Por outro lado, � esperada a desfilia��o dos deputados ligados ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro e que hoje est�o no PSL, caso de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O grupo bolsonarista do PSL tem sido deixado de fora das conversas sobre a fus�o e n�o participou da reuni�o de hoje da Executiva.
Os organizadores da fus�o esperam perder cerca de 25 deputados aliados do presidente ap�s as duas legendas se unirem. O grupo governista planeja se filiar ao partido que Bolsonaro escolher para disputar a reelei��o, algo que ainda n�o est� definido. O presidente est� sem legenda desde o final de 2019, quando deixou o PSL.
A legenda resultante da fus�o trabalha com as candidaturas ao Planalto do ex-ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta (DEM), do apresentador Jos� Luiz Datena, que est� filiado ao PSL, e com a do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O mineiro tem sido sondado para se filiar ao PSD, mas o comando do DEM tem usado a fus�o e o tamanho do novo partido para tentar impedir isso. Como "plano B" caso Pacheco v� para o partido de Gilberto Kassab, a fus�o DEM-PSL planeja filiar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que hoje est� no Novo.
Apesar dos avan�os, para ser confirmada a fus�o � preciso ajustar conflitos regionais. Estados como Rio, S�o Paulo e Pernambuco ainda n�o t�m consenso sobre qual grupo pol�tico vai exercer o comando. Pelo acerto entre ACM Neto e Luciano Bivar, o PSL comandaria esses diret�rios estaduais, mas os l�deres regionais do DEM resistem a ceder os comandos.
Em S�o Paulo tamb�m h� uma falta de consenso sobre a elei��o para governador em 2022. Uma ala tenta atrair Geraldo Alckmin, que est� de sa�da do PSDB, para a fus�o DEM-PSL. Outra ala quer apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato do atual governador Jo�o Doria (PSDB) a sua sucess�o. Alckmin tamb�m conversa com Kassab e pode se filiar ao PSD.
Mesmo com a defesa de candidatura pr�pria em 2022, a ideia � que os filiados sejam liberados para apoiar outros candidatos a presidente, como Jair Bolsonaro. ACM Neto afirmou que n�o pretende "criar constrangimentos" para quem n�o seguir a posi��o nacional. Apesar de n�o estar na base do governo, hoje o DEM tem entre seus filiados os ministros de Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previd�ncia) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento), ambos votaram pela fus�o na reuni�o da Executiva do DEM.