
A compra do imunizante da Bharat Biotech, intermediada pela Precisa, se tornou um dos principais alvos da CPI ao longo da investiga��o. O presidente Jair Bolsonaro foi acusado formalmente no relat�rio pelo crime de prevarica��o por ter sido alertado sobre as supostas ilegalidades na aquisi��o das doses. A negocia��o da vacina tamb�m � investigada pela Pol�cia Federal (PF) e pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF). Ap�s as suspeitas serem reveladas, o Minist�rio da Sa�de suspendeu o contrato, para depois decidir cancel�-lo.
No relat�rio, Renan alega que houve uma atua��o conjunta de Francisco Maximiano, dono da Precisa, do empres�rio Danilo Trento, do ex-secret�rio-executivo da C�mara de Regula��o do Mercado de Medicamentos da Ag�ncia de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), Jos� Ricardo Santana, e do ex-diretor de Log�stica do Minist�rio da Sa�de, Roberto Ferreira Dias, em torno do processo licitat�rio da Covaxin, "em que se verificam diversas irregularidades".
"Aponta para a exist�ncia de uma associa��o estruturada, duradoura e organizada do grupo, envolvendo repasses de dinheiro entre v�rias empresas de Trento e Maximiano, com o objetivo prov�vel de dificultar o rastreamento, que, ao que tudo indica, buscava a obten��o de vantagem mediante a pr�tica de fraude a licita��o ou a contrato junto ao poder p�blico", afirma Renan.
Al�m de sugerir o indiciamento de Barros por forma��o de organiza��o criminosa, Renan faz a mesma atribui��o a Ferreira Dias, Maximiano, Danilo Trento, Ricardo Santana, e a Emanuela Medrades, diretora da Precisa.
Sobre a empresa, o senador conclui que houve ato lesivo � administra��o p�blica. Entre os problemas na negocia��o da vacina indiana apontados por Renan est�o aus�ncia de estimativa de pre�os ou de justificativa para a sua dispensa e documentos de habilita��o do laborat�rio Bharat Biotech com ind�cios de adultera��o, entre outros pontos.
"O processo de compra da vacina Covaxin foi o primeiro que chamou a aten��o da Comiss�o, pois apresentou v�rios v�cios, mas, curiosamente, foi marcado pela celeridade exigida pelo ent�o Secret�rio Executivo Elcio Franco, tanto nas tratativas, como na conclus�o, feitas com uma empresa intermedi�ria, a Precisa Comercializa��o de Medicamentos Ltda., o que contrastou com o desinteresse e a falta de urg�ncia na contrata��o das vacinas da Pfizer, Moderna, Janssen e Coronavac, mais baratas e com procedimentos de seguran�a e efic�cia mais transparentes", aponta Renan no parecer, que ser� votado na pr�xima ter�a-feira, 26.
O senador tamb�m prop�e o indiciamento de Medrades e de Maximiano em rela��o a outros crimes, como falsidade ideol�gica, uso de documento falso, fraude processual e improbidade administrativa. Em rela��o ao ex-diretor de Log�stica da Sa�de, o senador sugere ainda o indiciamento por corrup��o passiva e improbidade administrativa. Quanto a Barros, Renan conclui tamb�m que, supostamente, o deputado teria cometido incita��o ao crime, advocacia administrativa e improbidade administrativa.
No Twitter, Barros voltou a negar seu envolvimento na compra da Covaxin. "Quanto a meu envolvimento na compra da Covaxin, todos os ouvidos negaram meu envolvimento. Estou mais citado no relat�rio que Bolsonaro. N�o engoliram o contraponto que fiz em meu depoimento. E inclu�ram erroneamente meu tempo como ministro da Sa�de e minhas empresas", disse o l�der do governo na C�mara.
A Precisa em nota afirmou que "nega veementemente as supostas acusa��es e est� � disposi��o da justi�a para esclarecer todos os fatos".