Sob amea�a do terror Talib�, ju�zas afeg�s chegam ao Brasil

Convivendo com riscos e amea�as desde que o Talib� tomou o poder no Afeganist�o, ju�zas afeg�s e suas fam�lias come�aram a chegar ao Pa�s nesta semana, informa a Associa��o dos Ju�zes Federais do Brasil. De acordo com a entidade, que se mobilizou para que o governo federal concedesse asilo �s magistradas, 26 pessoas desembarcaram no Brasil at� agora.

Segundo Clara Motta, diretora da entidade, a chegada ao Brasil � o in�cio do processo de acolhida das ju�zas, uma vez que elas possuem um visto humanit�rio. Em seguida, elas dever�o pedir o asilo, que � feito atrav�s do Comit� Nacional para os Refugiados (Conare).

"Eu acredito que o processo ser� r�pido porque h� uma predisposi��o do governo brasileiro, dos �rg�os p�blicos e uma situa��o clara de persegui��o no pa�s de origem. O Brasil deve auxiliar o cumprimento dos termos da conven��o internacional de direito dos refugiados de 1951", explica.

Desde agosto, quando o grupo extremista retomou o controle daquele Pa�s, autoridades se mobilizaram para auxiliar cerca de 270 magistradas que ainda residiam no territ�rio afeg�o e corriam riscos por desempenharem atividades jurisdicionais - eventualmente, at� por terem julgado e condenado membros do Talib�.

Como mostrou o Estad�o , a Ajufe recorreu ao Minist�rio de Rela��es Exteriores para que as magistradas afeg�s recebessem vistos humanit�rios e fossem acolhidas no Brasil, al�m de dialogar com o Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur).

A entidade se disp�s a, juntamente com o Conselho Nacional de Justi�a e demais �rg�os p�blicos, formular solu��es e pol�ticas de acolhida para as ju�zas afeg�s.

"A compet�ncia para julgar causas que envolvem a concess�o de asilo a estrangeiros � da Justi�a Federal, por isso a Ajufe foi a pioneira em defesa das quest�es relacionadas �s ju�zas afeg�s com essa preocupa��o de receb�-las no Brasil. Por se tratar de uma quest�o humanit�ria, toda a ajuda � bem vinda e � essencial a uni�o de esfor�os para encontrar a melhor solu��o em uma situa��o t�o sens�vel," explica Eduardo Brand�o, presidente da Ajufe.