
Agora, ele prop�s uma nova homenagem a Marielle ao encaminhar uma proposta, ao governo do Estado do Rio de Janeiro, para que uma casa de acolhimento � mulher em situa��o de vulnerabilidade seja constru�da no bairro de Vila Mimosa (RJ) e que o local leve o nome da vereadora. As informa��es s�o do Extra.
No pedido, Rodrigo justifica a escolha do nome. "Sabe-se que uma das pautas da vereadora e seus s�quitos � aplica��o dos Direitos Humanos nas mais situa��es inusitadas, sempre em defesa daqueles que, inclusive, vivem � margem da lei. Nesse sentido, visando a homenagear a citada vereadora, implantar uma casa de acolhimento num dos redutos de prostitui��o da cidade do Rio de Janeiro, � tentar preservar as mulheres que ali est�o expostas, proporcionando mais dignidade", escreveu no documento.
A proposta foi recebida pelos familiares da ex-vereadora com rep�dio e indigna��o. A v�uva da ativista e vereadora Monica Ben�cio (PSOL-RJ) afirmou que o pedido � "hip�crita" por ser o oposto do ato feito em 2018, quando estava em campanha. No entanto, Monica ressalta que a cr�tica n�o � � cria��o da casa de acolhimento. "A despeito da evidente desfa�atez desse parlamentar, posso garantir que para Marielle, para mim e para todas as pessoas que lutam por um mundo melhor, as casas de acolhimento s�o fundamentais para a garantia de direitos", disse Monica.
J� Anielle Franco, irm� de Marielle, diz-se surpresa pelo pedido e afirma que "torce" para que o deputado, "que tripudiou em cima de sua morte diversas vezes", passe a "respeitar minha irm� e a mem�ria dela a partir de agora, j� que ele tem achado conveniente usar o nome dela em diferentes espa�os".
"Com consci�ncia das rea��es"
Em nota � imprensa, o parlamentar se defendeu das cr�ticas sobre a homenagem e afirmou que, como deputado eleito com mais de 140 mil votos, tem direito de fazer a "proposta que melhor lhe aprouver" e que decidiu pelo nome de Marielle ap�s passar meses "presenciando in�meras viola��es de direitos humanos na Villa Mimosa" e decidiu que "o Estado precisa ser presente naquela comunidade".
"E quem deveria dar nome a uma casa de acolhimento de pessoas em situa��o de extrema mis�ria, de risco (inc�ndios, viol�ncia, doen�as)? Que personalidade - independentemente de partido - j� falecida �, ao mesmo tempo, mulher, negra, favelada e representante de exclu�dos?", escreve na nota.
Rodrigo afirmou que o PSOL, partido ao qual Marielle pertencia, "� viciado em usar o monop�lio das virtudes" e n�o permite que outra pessoa preste homenagem � Marielle.
"A minha proposta de dar o nome de Marielle a uma casa de acolhimento foi feita com consci�ncia de quais seriam as rea��es. E todas, claro, viriam do partido que abrigou Marielle e que um dia em 2018 decidiu fazer uma homenagem ilegal, cobrindo o nome de um logradouro e confundindo pessoas que n�o conheciam a cidade", declarou ao citar a placa com o nome de Marielle Franco que ele quebrou.
"Eu n�o quebrei placa alguma e a mesma n�o era placa da Marielle. A placa era de militantes do PSOL que se acham donos da verdade e acima da lei. Usaram a mem�ria de uma mulher covardemente assassinada para 'lacrar', para impor o nome errado a uma pra�a. O que eu fiz foi retirar a mesma", defendeu-se Rodrigo. "Dias depois, em outro evento de Petr�polis, a placa apareceu l�, quebrada, e at� hoje n�o tenho certeza se era a mesma", termina.