
Salom�o, por ser o relator, foi o primeiro a votar. Ele avaliou que n�o se evidenciou ilegalidade pelo uso de disparos em massa de mensagens durante a campanha de Bolsonaro para atacar advers�rios no pleito, como alegava a chapa perdedora.
“Evid�ncias saltam aos olhos quando analisadas as provas como um todo, em sua integralidade. O conjunto probat�rio das duas a��es, do meu modo de ver, n�o deixa margem para d�vidas no sentido de que campanha dos vencedores das elei��es assumiu car�ter preponderantemente nos meios digitais mediante utiliza��o indevida, dentre outros, do app de mensagens Whatsapp para promover disparos em massa em benef�cio de suas candidaturas", completou o ministro.
Para Salom�o, ficou caracterizada o uso de mensagens em massa no WhatsApp, aplicativo de conversas, mas n�o se apresentou dados de abuso de poder econ�mico. O ministro citou a exist�ncia de uma organiza��o criminosa para espalhar informa��es falsas e atacar institui��es democr�ticas. Ele lembrou que os fatos s�o apurados em um inqu�rito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Corregedor-geral da Justi�a Eleitoral, esse � �ltimo ato de Salom�o no embate travado pelo magistrado contra as not�cias falsas. O ministro deixa o cargo sexta-feira, por conta do t�rmino do rod�zio de dois anos como juiz titular. Ele entregar� os autos do inqu�rito contra Bolsonaro e Mour�o ao ministro Mauro Campbell, que assumir� a cadeira e passar� a relatar o caso.
As chances reais de a chapa ser cassada, pelos motivos alegados nas a��es, s�o remotas — a pr�tica de disparos em massa de propaganda eleitoral nas redes sociais era proibida. O processo indica que houve abuso de poder econ�mico por parte da campanha de Bolsonaro e Mour�o no financiamento das mensagens.