Rodrigo Pacheco se filia ao PSD e discursa como candidato a presidente

Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi oficializado nesta quarta-feira (27/10) como novo filiado ao Partido Social Democr�tico (PSD). Em evento marcado por pompa e pela presen�a de importantes nomes da pol�tica, no fim da manh� desta quarta-feira (27/10), no Memorial Jk, em Bras�lia, o senador discursou como candidato � Presid�ncia da Rep�blica nas elei��es gerais de 2022.

Pacheco � considerado pelo PSD pr�-candidato a presidente do Brasil desde a �ltima segunda-feira (25/10), tr�s dias depois de o senador anunciar a troca de legendas. Ele deixou o Democratas, que est� em processo de fus�o com o PSL para forma��o da Uni�o Brasil, para se mostrar como mais uma op��o de terceira via em 2022.

"Hoje, aqui, neste espa�o que reverencia a mem�ria e a lembran�a de Juscelino Kubitschek, quero n�o apenas declarar minha filia��o ao PSD. Quero tamb�m renovar o meu compromisso como senador da Rep�blica por Minas Gerais com todos os brasileiros e todas as brasileiras", celebrou Pacheco.

J� em tom de candidato, Rodrigo Pacheco afirmou que o pa�s precisa "dar exemplo" para atender melhor � popula��o. Tamb�m avaliou que o �ltimo bi�nio foi cruel, com crises sanit�ria e socioecon�mica, segundo ele, a ponto de mostrar que pessoas voltaram a passar fome no Brasil.

"O Brasil precisa dar o exemplo no cumprimento de compromissos, no respeito �s leis, aos valores, garantias, direitos previstos na Constitui��o Federal. Devemos buscar na gest�o p�blica a preval�ncia do bom senso, do equil�brio, do que � justo. Estes s�o valores e atitudes que n�s n�o podemos abrir m�o. � nessa hora que n�s, representantes eleitos pelo povo, devemos nos superar, assumir com ainda mais energia e empenho nossas responsabilidades e buscar respostas t�o necess�rias e urgentes para que a popula��o brasileira volte a acreditar em si mesma, na pol�tica e no pa�s", afirmou.

Pacheco se coloca como mais um nome da terceira via em uma disputa eleitoral com promessa de polariza��o entre Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da Rep�blica, e Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que governou o Brasil entre 2003 e 2010. O pr�-candidato do PSD considera que n�o h� mais margem para o que chamou de "extremos".

"Uma sociedade dividida, em que cada um n�o admite o contr�rio e n�o aceita a exist�ncia do outro, nunca ir� chegar a lugar algum. A gravidade do momento que assola o pa�s nos imp�e uma tomada de decis�o, decis�o que n�o � contra quem quer que seja, mas a favor do Brasil e dos brasileiros. O caminho para solucionar v�rias crises que estamos enfrentando � a uni�o. Quando falamos em unir o Brasil, � porque chegamos ao limite dos extremos", tamb�m disse em seu pronunciamento, muito aplaudido pelos presentes.

'Nome para 2022'

Presidente nacional do PSD, ex-prefeito de S�o Paulo e ex-ministro da Ci�ncia, Tecnologia, Inova��es e Comunica��es, Gilberto Kassab (PSD) foi o "mestre de cerim�nias". Ele exaltou Pacheco e, ap�s a assinatura que oficializou o senador como pol�tico do PSD, sem cerim�nias e de forma bem-humorada, ratificou que "esse � o nome do partido para 2022".

"Ele n�o vai aqui evidenciar, at� porque vai fazer uma reflex�o, mas, em off, reservadamente, Rodrigo Pacheco vai ser nosso candidato a presidente do Brasli", afirmou Kassab, arrancando risadas e aplausos dos presentes.

Al�m de Kassab, o evento contou com diversos figur�es da pol�tica nacional e de Minas Gerais, como prefeitos, deputados estaduais, deputados federais e senadores. Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Carlos Viana (PSD-MG) e Antonio Anastasia (PSD-MG), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e o deputado estadual Agostinho Patrus (PV), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foram alguns deles.

Omar Aziz, presidente da CPI da COVID do Senado, e Otto Alencar (PSD-BA) foram exaltados por Ricardo Patah, presidente do movimento sindical PSD Movimentos, pelos "trabalhos extraordin�rios em prol da sa�de do nosso pa�s". A comiss�o aprovou nessa ter�a-feira (26) o relat�rio final, que indicia 80 pessoas, entre elas Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da Rep�blica.

O evento contou com diversas palavras elogiosas a Pacheco, novo presidenci�vel para 2022. Antonio Anastasia afirmou que o presidente do Senado � o nome certo para ser o "arauto" do Brasil.

"Que n�s, unidos no PSD, vamos levar a voz do partido a cada rua, a cada cidade, a cada estado e a cada regi�o do Brasil no tempo certo. E queremos, nesta mensagem de esperan�a, convocar Rodrigo Pacheco para ser o seu arauto, para levantar a bandeira do desenvolvimento, da democracia, da liberdade e da inclus�o social. Vamos juntos, o Brasil nos aguarda", disse.

J� Carlos Viana destacou que Minas Gerais, assim como foi no passado, coloca-se � disposi��o para "servir" ao Brasil. "Recoloca nosso estado na posi��o de servir ao Brasil. N�o estamos aqui para dizer que estamos � frente, atr�s, n�o Minas Gerais quer servir ao Brasil, com nosso trabalho, nossa responsabilidade. Parab�ns, Rodrigo Pacheco, bem-vindo ao PSD".

Presidente da ALMG, Agostinho Patrus foi um dos pol�ticos que discursaram e afirmou que Minas Gerais est� com Rodrigo Pacheco. Ele tamb�m fez refer�ncia a Juscelino Kubitschek, natural da cidade mineira de Diamantina e presidente do Brasil entre 1956 e 1961.

"Aqui, os mineiros se sentem em casa, aben�oados por JK, conduzidos por suas obras, por seus exemplos, e o Rodrigo Pacheco restaura a Minas Gerais uma contribui��o importante que Minas j� deu ao cen�rio nacional depois de 50 anos. Minas est� aqui unida, com diversos deputados estaduais, federais, para lhe saudar no PSD, mas, acima de tudo, para lhe dizer siga em frente, que os mineiros lhe apoiam e confiam na sua lideran�a", completou.

 

O primeiro turno das elei��es de 2022 acontece em 2 de outubro. Al�m de Bolsonaro, Lula e Pacheco, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), e os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), se colocam como nomes poss�veis para a corrida presidencial.

Os ex-ministros da Justi�a e da Seguran�a P�blica Sergio Moro (sem partido), e da Sa�de Luiz Henrique Mandetta (Uni�o), tamb�m s�o nomes sondados para a disputa.