
Foram chamados Ricardo Falci Souza, Gustavo Ant�nio Wanderley Teixeira, Jo�o Luiz Noronha, Celso Mateus Raphael Ramiro, Raphael Ribeiro Dualibi, Luciano Rodrigues da Silva e Gustavo Cavalcanti Morais. Eles v�o depor na condi��o de testemunhas.
A AeC est� nos meandros da apura��o de contrato de R$ 1,1 bilh�o fechado junto � IBM, multinacional de tecnologia. O pacto bilion�rio contempla fun��es como o controle do call center que presta suporte aos consumidores. O conv�nio foi oficializado pouco tempo ap�s a estatal romper acordo com a Audac, que havia vencido concorr�ncia para controlar o atendimento telef�nico.
A IBM repassou essa tarefa � AeC, que havia participado - e perdido - do preg�o vencido pela Audac. A AeC � de propriedade de C�ssio Azevedo, ex-componente do secretariado do governador Romeu Zema (Novo), e morto neste ano, por causa de um c�ncer.
O Estado de Minas procurou a AeC a fim de obter posicionamento sobre as convoca��es.
"A AeC atua h� quase 30 anos no mercado, tendo prestado servi�os para centenas de empresas, e esclarece que todos os contratos e servi�os prestados ao longo de mais de uma d�cada para a Cemig foram pautados pela legalidade, idoneidade e pela absoluta transpar�ncia, gerando emprego e renda para o munic�pio de Belo Horizonte", informa a empresa em resposta enviada � reportagem.
A ideia � dar apoio �s investiga��es. "A empresa reafirma seu compromisso em colaborar com toda e qualquer apura��o que demande sua participa��o e reitera que todas as suas rela��es institucionais e comerciais sempre se nortearam pela �tica e pelo conjunto das melhores pr�ticas de integridade e compliance", aponta a AeC.
Diretor � reconvocado
Ainda nesta quarta, os deputados acertaram que v�o interrogar novamente Hudson Felix de Almeida, diretor-adjunto de Gest�o de Pessoas da Companhia. Ele compareceu � Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 19 de agosto.O executivo � pe�a importante do eixo da CPI que examina contratos assinados pela Cemig por meio da convalida��o, pr�tica que permite a oficializa��o de atos retroativos. Acordos feitos sem licita��o tamb�m v�o nortear o novo depoimento.
Segundo Professor Cleiton (PSB), sub-relator e vice-presidente do comit� de inqu�rito, o grupo recebeu um �udio de reuni�o por meio do canal de den�ncias que permite � popula��o o envio de informa��es relacionadas � Cemig. O encontro gravado teria tido a participa��o de Hudson Felix.
"Ele vai ter que responder muita coisa. Esse �udio � esclarecedor. O �udio que vamos mostrar desmente muita gente que esteve aqui e disse ao contr�rio do que est� sendo decidido no interior da nossa companhia", disse o pessebista.
Quando esteve frente a frente com os deputados, Hudson falou sobre o acordo entre Cemig e Exec, empresa contratada pela energ�tica para conduzir o processo seletivo que culminou na escolha de Reynaldo Passanezi para presidir a companhia.
Firmado sem que houvesse um preg�o, o conv�nio com a Exec foi assinado depois que Passanezi j� havia sido escolhido. A ata da reuni�o em que os conselheiros da Cemig d�o aval ao pagamento dos R$ 170 mil acordados pelo servi�o tem, inclusive, a assinatura de Passanezi - empossado presidente em janeiro do ano passado.
Em seu primeiro depoimento, Hudson Felix afirmou ter ouvido de Cledorvino Belini, antigo presidente da Cemig, que a escolha da Exec para intermediar o processo de defini��o do sucessor partiu do governo estadual. Mesmo sem ter participado das tratativas com a headhunter - companhia respons�vel por recrutar executivos no mercado -, o diretor assinou a convalida��o do contrato.
"O processo de convalida��o me deu seguran�a. Dentro desse processo, a gente verifica se � uma empresa qualificada para tal, e verificamos que sim. A Exec � uma das grandes do mercado, com v�rios clientes semelhantes � Cemig - ou at� maiores. Verificamos, tamb�m, o valor contratado, que � abaixo daquilo que usualmente se paga no mercado", sustentou, � �poca.
Al�m de Professor Cleiton, assinam o pedido para a nova convoca��o de Hudson o relator da CPI, S�vio Souza Cruz (MDB), e Beatriz Cerqueira (PT), outra sub-relatora. Os governistas Z� Reis (Podemos) e Z� Guilherme votaram contrariamente.
A Cemig tem garantido que o processo de escolha de Passanezi foi conduzido dentro da legalidade. A empresa se ampara na Lei das Estatais para assegurar a legalidade das contrata��es feitas sem licita��o. Segundo a companhia, a not�ria especializa��o das firmas � suficiente para a dispensa de concorr�ncia.
Deputados querem destrinchar verbas de publicidade
Os componentes da CPI deram sinal verde a of�cio que solicita, � Cemig, presta��o de contas dos gastos com publicidade nos �ltimos dois anos. A companhia de luz ter� que informar valores, motiva��o dos acordos e os nomes das empresas contratadas.
Prevista para terminar neste m�s, ap�s noventa dias de atividades, a comiss�o foi prorrogada por mais dois meses. Portanto, os deputados poder�o prosseguir com as apura��es at� fevereiro de 2021, se necess�rio for.