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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro reafirma inten��o de "fatiar ou at� "privatizar" Petrobras


06/11/2021 16:24

O presidente Jair Bolsonaro reafirmou a apoiadores, neste s�bado (6), a inten��o de "fatiar" ou at� "privatizar" a Petrobras. A estatal entrou na mira do chefe do Executivo por causa da alta no pre�o dos combust�veis, que tem sido alvo de reclama��es da popula��o e tamb�m contribui para a acelera��o da infla��o.

"Sabemos da infla��o, do aumento de combust�veis. Sabemos, a Petrobras � independente, infelizmente independente. E n�s estamos buscando uma maneira de, da nossa parte, ficar livre da Petrobras. Fati�-la bastante, quem sabe partir para a privatiza��o. Mas sei que isso demora", disse Bolsonaro. O presidente participou de uma passeata de motociclistas em Ponta Grossa (PR) e, ao fim do trajeto, discursou ao lado da prefeita da cidade, Elizabeth Schmidt (PSD).

A declara��o de Bolsonaro vem um dia depois de a companhia informar ao mercado que o governo negou a exist�ncia de qualquer recomenda��o de inclus�o da privatiza��o da Petrobras no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Em 25 de outubro, not�cias sobre supostos estudos do Minist�rio da Economia para vender a��es da Petrobras, abrindo m�o do controle da companhia, levaram a uma alta expressiva na cota��o das a��es em bolsa. No mesmo dia, a Petrobras informou ao mercado ter questionado o governo sobre a exist�ncia desses estudos.

Ontem, em comunicado ao mercado, a companhia informou que o Minist�rio de Minas e Energia (MME) disse n�o ter conhecimento de nenhum ato, decis�o ou fato relevante que devesse ser informado � estatal para posterior divulga��o ao mercado.

O Minist�rio da Economia tamb�m comunicou formalmente sobre a aus�ncia de qualquer recomenda��o de inclus�o da desestatiza��o no PPI ou quaisquer outros estudos ou avalia��es em curso sobre o tema no �mbito � secretaria especial do programa.

Mesmo com os pre�os j� elevados, a Petrobras anunciou um novo reajuste nos combust�veis em 25 de outubro. Na segunda-feira passada (1�), Bolsonaro avisou que faria "jogo pesado" com a empresa, sem detalhar a estrat�gia do governo em rela��o � companhia. Na ocasi�o, o presidente disse ainda saber, de forma extraoficial, que a Petrobras faria um novo reajuste dentro de 20 dias. "Isso n�o pode acontecer", afirmou naquele dia.

Aux�lio Brasil - Sem entrar em detalhes, Bolsonaro defendeu, ainda, a aprova��o da PEC dos precat�rios. Segundo ele, a proposta vai permitir "dobrar o Bolsa Fam�lia", programa que agora foi rebatizado de Aux�lio Brasil.

A PEC dos precat�rios muda a corre��o do teto de gastos, regra que limita o avan�o das despesas � infla��o, e limita o pagamento de d�vidas judiciais da Uni�o. O conjunto de medidas libera R$ 91,6 bilh�es de espa�o no Or�amento de 2022 e � essencial para tirar do papel o Aux�lio Brasil de R$ 400, como quer Bolsonaro. Parlamentares contr�rios � proposta, por�m, reclamam que a folga fiscal pode acabar sendo usada para turbinar as chamadas emendas de relator, distribu�das a aliados do governo pelo or�amento secreto, revelado pela reportagem e agora suspenso por decis�o da ministra do STF Rosa Weber.

O texto-base da proposta foi aprovado em primeiro turno na C�mara na madrugada de quinta-feira (4) por uma margem apertada: 312 votos, quatro a mais que o m�nimo de 308 necess�rios para avalizar uma mudan�a constitucional. A aprecia��o dos destaques (mudan�as) e do texto em segundo turno est� programada para ter�a-feira (9).

Transatl�ntico - O presidente Jair Bolsonaro disse, ainda, que "alguns" gostariam que ele desse um "cavalo de pau" em seu governo, mas afirmou rejeitar a ideia, uma vez que "a renova��o existe". Sem detalhar o que seria exatamente esse "cavalo de pau", Bolsonaro afirmou a apoiadores em Ponta Grossa que seu limite no cargo de presidente s�o oito anos - caso seja reeleito em 2022.

Ele tamb�m disse ver possibilidades de renova��o no Judici�rio, principal alvo de cr�ticas de aliados e seguidores. Desde as manifesta��es de teor antidemocr�tico do feriado de 7 de Setembro, o presidente tem adotado um tom mais moderado para falar de pol�tica e da rela��o com os demais poderes. Antes, por�m, era comum desferir ataques ao Supremo Tribunal Federal e, particularmente, a alguns de seus ministros.

"O Brasil � um grande navio, um transatl�ntico. Alguns querem que eu d� um cavalo de pau, n�o d�. A renova��o existe. Um dia a prefeita vai nos deixar, eu tamb�m, o vice (prefeito), a l�der...", disse Bolsonaro, ao lado da prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (PSD).

"E no Judici�rio tamb�m tem renova��o", emendou o presidente. Uma apoiadora, cuja identifica��o n�o � poss�vel de ser feita na transmiss�o, reagiu gritando "n�o vai ter nunca".

Bolsonaro, ent�o, insistiu. "O Judici�rio tamb�m vai ter renova��o. Quem se eleger presidente ano que vem indica dois ministros do Supremo no in�cio de 2023. Vai mudando, vamos oxigenando. E n�s n�o podemos ficar eternamente no poder, isso n�o � bom. O meu limite aqui s�o oito anos, o da prefeita s�o oito anos", afirmou.

Minutos depois, no mesmo discurso, o presidente atacou a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid-19, feita pelo Senado Federal. O parecer do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sugeriu o indiciamento de Bolsonaro, tr�s filhos e mais 62 pessoas pelas condutas e omiss�es no combate � pandemia no Brasil.

"A �nica acusa��o bomb�stica da CPI do Omar Aziz (senador que presidiu a comiss�o) foi 'temos um presidente que � motoqueiro'", disse Bolsonaro, imitando a voz do parlamentar. "Aquela cara de capivara me chamando de motoqueiro. Me acusou, como se eu fosse ficar indignado", acrescentou.


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