
As a��es para reduzir a emiss�o de gases de efeito estufa e o controle de mudan�as clim�ticas no planeta s�o as principais pautas que Minas Gerais vai apresentar na 26ª Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Mudan�as Clim�ticas (COP-26), que est� sendo realizada at� a pr�xima sexta-feira, em Glasgow, na Esc�cia.
O evento est� discutindo temas essenciais para a preserva��o do planeta, como o controle do aquecimento global, da emiss�o de gases e do desmatamento. Minas vai compartilhar as experi�ncias realizadas em n�vel local, j� desenvolvidas e em desenvolvimento e no setor produtivo, para minimizar os impactos das altera��es do clima na vida da popula��o.
- Leia: Como a carne virou 'vil�' em mudan�a clim�tica e entrou na mira da COP26
Minas foi primeiro estado da Am�rica Latina e do Caribe a aderir � campanha Race to Zero (Corrida para o Zero). Em junho passado, Romeu Zema e o embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson, formalizaram o acordo na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. O Race to Zero � uma campanha global que re�ne lideran�as com objetivo de alcan�ar emiss�es l�quidas zero de gases de efeito estufa at� 2050, o que dever� limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius.
A meta ser� alcan�ada por meio da intensifica��o de a��es de descarboniza��o, da atra��o de investimentos para neg�cios sustent�veis e para a cria��o de empregos verdes. Dessa forma, ser� poss�vel viabilizar um cen�rio de desenvolvimento socioecon�mico inclusivo e sustent�vel. Atualmente, cerca de 30 regi�es no mundo participam da campanha.
“� uma honra saber que Minas est� na vanguarda e que pode dar exemplo para outros estados, pela forma como tratamos essa pauta, com o maior respeito e empenho. Precisamos ser criativos e buscar solu��es que nunca foram implementadas”, disse Zema, ao anunciar sua presen�a na COP-26.
Al�m do governador, integrm a comitiva mineira a secret�ria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel, Mar�lia Melo; o secret�rio-Geral do Estado, Mateus Sim�es; o presidente da Funda��o Estadual do Meio Ambiente (Feam), Renato Brand�o; o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), S�rgio Gusm�o; e a coordenadora do N�cleo de Sustentabilidade, Energia e Mudan�as Clim�ticas da Feam, Larissa Oliveira.
Al�m do governador, integrm a comitiva mineira a secret�ria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel, Mar�lia Melo; o secret�rio-Geral do Estado, Mateus Sim�es; o presidente da Funda��o Estadual do Meio Ambiente (Feam), Renato Brand�o; o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), S�rgio Gusm�o; e a coordenadora do N�cleo de Sustentabilidade, Energia e Mudan�as Clim�ticas da Feam, Larissa Oliveira.
''� uma honra saber que Minas est� na vanguarda e que pode dar exemplo para outros estados, pela forma como tratamos essa pauta. Precisamos ser criativos e buscar solu��es que nunca foram implementadas''
Romeu Zema, governador de Minas
Reflorestamento
No �ltimo s�bado, a secret�ria Mar�lia Melo participou de reuni�o com representantes do Departamento de Energia e Estrat�gia Industrial do Reino Unido e da embaixada brit�nica. O encontro tratou do financiamento de projetos em �reas florestais e mercados de carbono. Minas tem a meta de reflorestar 3,7 milh�es de hectares em �reas rurais at� 2030.
“Tivemos a oportunidade de discutir potenciais investimentos de reflorestamento em Minas Gerais, e apresentamos o potencial de restaura��o conforme o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Foi um momento de troca de experi�ncias em que falamos tamb�m sobre desmatamento irregular e t�cnicas de monitoramento que outros pa�ses j� utilizam, com apoio do governo brit�nico, e que podem ser aplicadas em Minas Gerais”, informou Mar�lia Melo.
Mar�lia Melo tamb�m vai apresentar o estado em reuni�o com a primeira-ministra da Esc�cia, Nicola Sturgeon, e com a presidente do Climate Group, Joan MacNaughton, para discutir a redu��o de emiss�es de gases de efeito estufa, referendando compromiss�o com uma a��o clim�tica ambiciosa, conforme as diretrizes do Acordo de Paris.
Outra participa��o da comitiva mineira ser� no encontro entre investidores sustent�veis com o princ�pe de Gales, Charles Philip. O objetivo � reunir uma coaliz�o de esfor�os global que compartilha a vis�o em torno da necessidade de acelerar o progresso em dire��o a um futuro sustent�vel. Minas Gerais ser� representada no evento pela secret�ria Mar�lia Melo e pelo presidente do BDMG, S�rgio Gusm�o.

Espa�o para energia nuclear
Bras�lia –
Defensores da energia nuclear ocupam espa�o in�dito na da 26ª Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Mudan�as Clim�ticas (COP-26), que termina sexta-feira, em Glasgow, na Esc�cia. Estimulados pela crise clim�tica, os defensores da energia nuclear, a come�ar pelo chefe da Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA), o argentino Rafael Mariano Grossi, querem mostrar seus m�ritos no evento. “N�o �ramos bem-vindos, mas isso mudou. "Esta COP � talvez a primeira em que a energia nuclear tem lugar na mesa de negocia��es, � levada em considera��o e pode falar sem o fardo ideol�gico que existia antes", disse Rafael Grossi � AFP.
Nos anos ap�s o acidente nuclear de 2011 na usina japonesa de Fukushima, houve uma relut�ncia crescente, mas agora "a situa��o mudou", afirmou. No contexto das mudan�as clim�ticas, ganha import�ncia o argumento sobre suas baixas emiss�es de di�xido de carbono (CO2), principalmente ligadas � extra��o de ur�nio e concreto para as usinas.
"A energia nuclear � parte da solu��o para o aquecimento global. N�o � uma panaceia, pode n�o ser para todos, mas j� fornece mais de 25% da energia limpa. Sem ela, n�o teremos sucesso", argumenta. "A minha primeira COP foi em Madri, em 2019. "Fui l� apesar da ideia difundida de que a energia nuclear n�o seria bem-vinda. Agora at� desperta muito interesse", acrescenta.
Em Glasgow, o dirigente se reuniu com ministros e outras autoridades, explicando que essas tecnologias podem substituir os combust�veis f�sseis. O �tomo acarreta grandes riscos: acidentes, armazenamento complicado e tratamento de lixo altamente radioativo por milhares de anos, custos elevados... argumentos que mobilizam v�rias ONGs.
Mas Grossi defende que as cr�ticas s�o exageradas. "Voc� tem que ver os fatos", diz. "Na Fran�a ela representa mais de 70% (da eletricidade), nos EUA 20%, na R�ssia o mesmo. A energia nuclear nunca para, complementa outras fontes, inclusive as renov�veis", argumenta. Em sua opini�o, "os acidentes s�o raros”.