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Estado de Minas ELEI��ES 2022

De juiz reservado a poss�vel candidato: relembre a vida pol�tica de Moro

Como o juiz que jurava que nunca seria pol�tico se tornou poss�vel pr�-candidato � Presid�ncia do Brasil


10/11/2021 17:15 - atualizado 10/11/2021 17:25

Ex-juiz Sergio Moro
S�rgio Moro: largada para a trajet�ria pol�tica (foto: Saulo Rolim/Podemos)
Do juiz reservado at� pol�tico em ascens�o. S�rgio Moro se filiou nesta quarta-feira (10/11) ao Podemos e deixou no ar a possibilidade de se tornar candidato nas elei��es presidenciais de 2022. Mas afinal, como o juiz que jurava que nunca seria pol�tico, se tornou um poss�vel presidenci�vel? 
 
Moro ficou conhecido por comandar, entre mar�o de 2014 a novembro de 2018, em primeira inst�ncia, os processos relacionados aos crimes identificados na Opera��o Lava-Jato, envolvendo grande n�mero de pol�ticos, empreiteiros e empresas.

Com o passar do tempo e a popularidade da for�a-tarefa, o ent�o juiz acabou se tornando rosto da onda nacional anticorrup��o e anti-petista. Milhares de pessoas sa�ram �s ruas vestidas com camisetas com o seu rosto pedindo reformas pol�ticas e o fim da corrup��o no Brasil.
 
Manifestações
Manifestantes sa�am �s ruas em defesa do juiz S�rgio Moro (foto: EVARISTO SA/AFP)
 

 
Esses foram os primeiros passos para a retomada do nacionalismo no pa�s, que elegeu posteriormente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Vestidas de verde e amarelo, simpatizantes do juiz e do novo presidente marchavam nas ruas contra o governo petista. 

Em meio a tanta popularidade, Moro jurava que nunca seria candidato a cargos pol�ticos. Reservado, evitava dar entrevistas e aparecer na frente dos holofotes. Sua primeira entrevista foi apenas em 2016, quando ele defendeu a limita��o do foro privilegiado aos presidentes dos tr�s poderes. 
 
Em 2017, Moro condenou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), decis�o  posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de um habeas corpus, em 23 de mar�o de 2021. A Segunda Turma da Corte considerou que Moro atuou com parcialidade em rela��o ao ex-presidente Lula.
 

Rela��o com Bolsonaro


O petista acusava o ent�o juiz de persegui��o. Com os ataques de ambos os lados, o Brasil se deparou com uma polariza��o pol�tica que se arrasta at� hoje. De um lado, Lula dizia ser inocente de todas as acusa��es apontadas pela Lava-Jato e de outro, Moro levantava a bandeira anticorrup��o. 
 
Como o ex-juiz n�o pensava em ser candidato, a popula��o que concordava com os pensamentos de Moro procurava um l�der. Escondido nos interiores da C�mara dos Deputados, Jair Bolsonaro acabou ganhando popularidade por defender as a��es da Lava-Jato e ser contra os governos de esquerda.

Em 2018, a campanha presidencial de Bolsonaro teve como uma das bandeiras o combate � corrup��o. Muito se especulava na �poca, caso fosse eleito, Bolsonaro convidaria Moro para integrar seu governo, o que de fato acabou ocorrendo. 

Seis meses antes de se tornar ministro da Justi�a e da Seguran�a P�blica, Moro foi um dos respons�veis por prender Lula, um dos maiores rivais de Bolsonaro na campanha presidencial, mesmo sem o petista ser o candidato do PT.

Bolsonaro foi eleito em segundo turno com 55,13% dos votos contra 44,8% de Fernando Haddad (PT), substituto do l�der petista nas elei��es.
 
Moro e Bolsonaro
S�rgio Moro e Jair Bolsonaro (foto: Ag�ncia Brasil/Reprodu��o)
 
 
J� eleito, Bolsonaro anunciou em outubro de 2018 convidaria S�rgio Moro para ser o futuro ministro da Justi�a ou ent�o o indicaria para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Moro aceitou o cargo e comp�s a bancada “de ouro” prometida por Bolsonaro na campanha eleitoral.

Briga e sa�da do governo


Moro era disparadamente o ministro mais popular do governo de Jair Bolsonaro. De acordo com Datafolha, entre regular, bom e �timo, o ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica atingiu a marca de 76%. Bolsonaro ficou atr�s, com 62% nos mesmos par�metros.

A avalia��o positiva transformou Moro em uma verdadeira “galinha de ovos dourados”. Tendo o ministro ao seu lado, Bolsonaro conseguia o apoio da popula��o.

Apesar de tanta popularidade, nos bastidores, a rela��o do presidente com seu ministro da Justi�a era distante. Por ser considerado "intoc�vel", Moro acabava n�o discutindo muito com o presidente. At� o dia que se sentiu pressionado.

A briga come�ou quando o ex-juiz percebeu uma poss�vel interfer�ncia de Bolsonaro na Pol�cia Federal (PF). Se sentiu pressionado pelo presidente para trocar o comando da corpora��o no Rio de Janeiro, onde o filho 01, o senador Fl�vio Bolsonaro (Patriotas-RJ), era investigado por suposto esquema de “rachadinhas”.

Rumores de uma demiss�o de Moro come�aram a surgir ap�s o ministro se negar a demitir o superintendente da PF no estado. O ex-juiz, por�m, se antecipou e desembarcou do governo.
 

Moro saiu acusando Bolsonaro e detonando uma verdadeira briga ministerial. O presidente chegou a convocar uma coletiva para negar todas as acusa��es. 

Ida para os Estados Unidos


Com a sa�da do governo, o agora ex-ministro da Justi�a deixou o pa�s. Em meio aos embates com Bolsonaro, ele tamb�m se viu alvo de um julgamento no STF, que o considerou parcial nos julgamentos do ex-presidente Lula.

Para fugir novamente dos holofotes, o ex-ministro foi morar nos Estados Unidos. Moro tornou-se s�cio-diretor da empresa norte-americana de consultoria Alvarez & Marsal. 

Filia��o ao Podemos e a terceira via


Agora de volta ao Brasil, S�rgio Moro surge como poss�vel candidato � Presid�ncia do pa�s. Seu ingresso no Podemos, nesta quarta-feira, se d� a pouco menos de um ano das elei��es de 2022. 
 
 
O ex-juiz ainda n�o anunciou qual cargo vai disputar no ano que vem, mas o evento do partido o anunciou como "futuro presidente da Rep�blica".
 
Moro
S�rgio Moro se filia ao Podemos (foto: MATEUS BONOMI/AGIF)
 

Com um discurso de candidato, Moro sem citar o ex-presidente Lula nem o presidente Bolsonaro, recheou a sua fala de indiretas aos dois pol�ticos.

 "Chega de mensal�o, petrol�o, rachadinha e or�amento", disse ele se referindo aos esc�ndalos  de corrup��o nos governo do pedista e doa tual presidente. 

Disse tamb�m que colocou seu nome � disposi��o para disputar a elei��o no ano que vem. "Por um Brasil justo para todos."


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