
A Rede Sustentabilidade tamb�m enviou representanta��o. O partido, por�m, integra a base de apoio a Kalil - o ex-vice-prefeito, Paulo Lamac, � filiado � sigla - e deve estar no palanque do pessedista. Na pauta do encontro desta segunda, tamb�m estiveram a��es consideradas necess�rias pelos progressistas para barrar as agendas de Zema e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O debate foi proposto pelo deputado estadual Cristiano Silveira, presidente do PT mineiro, que cedeu seu gabinete para as conversas. O di�logo entre os partidos � mantido h� algum tempo, desde as tratativas para a organiza��o de um ato que pediu o impeachment de Bolsonaro. A avalia��o � que a maioria das siglas dispostas a conversar tende a apoiar Luiz In�cio Lula da Silva (PT) na corrida ao Pal�cio do Planalto.
"Todos entenderam que a partir dos diagn�sticos dos problemas que Minas Gerais vive, � importante que se tenha um projeto minimamente unificado", disse ele.
Silveira prega cautela em torno da pauta eleitoral, mas admite que os partidos podem, sim, se juntar em uma coaliz�o. "� uma discuss�o que dever� ocorrer naturalmente, no momento adequado, at� porque h� quest�es nacionais a serem resolvidas, como as federa��es (partid�rias) e as candidaturas nacionais. Mas, na medida do poss�vel, o esfor�o e o di�logo sempre v�o ser para que esse movimento possa estar como consequ�ncia de um projeto para Minas Gerais".
"Essa articula��o rompe a polariza��o entre as candidaturas de Zema e Kalil, e faz com que esses partidos, que j� t�m atuado com muita unidade nacionalmente possam pensar, em Minas, sim, em uma candidatura ao governo do estado", cr� Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB, ex-deputado federal e um dos rivais de Kalil na �ltima elei��o belo-horizontina.
Pautas comuns animam dirigentes
A oposi��o a Jair Bolsonaro � vista pelos l�deres das legendas como um dos pontos que facilita a aproxima��o. "A t�nica que nos unifica �, primeiramente, derrotar Bolsonaro. E, aqui no estado, a derrota do governo Zema, que, assim como o cen�rio nacional, representa a pol�tica neoliberal e o retrocesso do que defendemos como pol�tica p�blica para Minas Gerais", explica K�tia Gaivoto, integrante da dire��o do PSB no estado.
A avalia��o de que Zema "emula" Bolsonaro � corroborada por Osvander Valad�o, presidente do PV em Minas Gerais. O partido abriga Agostinho Patrus, presidente da Assembleia Legislativa, que tem tecido fortes cr�ticas ao governador.
"S�o partidos progressistas. A gente tem agendas em comum, que come�a, por exemplo, pelo antibolsonarismo no cen�rio nacional. E, tamb�m, a dificuldade com o governo Zema, que reproduz o m�todo bolsonarista no estado", pontua Valad�o.
No PSOL, a ideia � discutir a ades�o a eventual cord�o suprapartid�rio em dezembro. "Nosso partido abre o debate para construir condi��es para frentes que possam derrotar o governo Bolsonaro nacionalmente e o governo Zema em Minas Gerais", garante Cacau Pereira, l�der da Executiva psolista em solo mineiro.
� exce��o do PV, todas as legendas que cogitam a costura de uma frente fazem, formalmente, oposi��o a Zema na Assembleia. Eles integram um bloco denominado "Democracia e Luta", respons�vel por reunir 17 dos 77 parlamentares estaduais.
O cen�rio
Segundo pesquisa divulgada ontem pelo instituto F5 Atualiza Dados, Zema tem 35% das inten��es de voto para o governo; Kalil, vice-l�der, soma 12%.
Ao contr�rio de 2018, quando concorreu em chapa puro-sangue, Zema admite a possibilidade de construir coliga��es para 2022. O secret�rio de Governo, Igor Eto, capitaneia as conversas. Quem deve estar ao lado do Novo na elei��o � o PP, do deputado federal Marcelo Aro, um dos principais aliados da atual gest�o.
Kalil, por seu turno, pode ter o apoio do MDB. Embora Newton Cardoso J�nior, presidente do partido em MG, tenha convidado Zema, lideran�as gra�das da legenda, como o ex-presidente Michel Temer, chamaram o prefeito para engrossar os quadros emedebistas.