
"Se eu pudesse interferir, pode ter certeza, a prova estaria marcada para sempre com quest�es objetivas de fato, n�o com quest�es ideol�gicas, como as que ainda vimos nessa prova", disse Bolsonaro.
Ao mesmo tempo em que nega interfer�ncia no teste, Bolsonaro falou que, pouco tempo atr�s, no Enem, havia quest�es que "n�o tinham nada a ver", mas que, aos poucos, "estamos mudando isso".
O presidente tamb�m disse que, se pudesse, adicionaria questionamentos relativos � ditadura militar no teste, por�m, destacou que n�o iria discutir se o per�odo foi ou n�o uma ditadura. "O que eu quero com isso? N�o � discutir o per�odo militar, � come�ar a hist�ria do zero", explicou. "Eu queria sim colocar l� uma quest�o, se pudesse", afirmou. Quem foi o primeiro general que assumiu em 1964? Foi Castello Branco. Em que data? Foi 31 de mar�o? 1º de abril? 2 de abril ou 15 de abril?."
Ao responder a quest�o que levantou, sugeriu que a indica��o de Branco ao cargo ocorreu normalmente, ignorando que, antes disso, houve um golpe e, na escolha, o militar era a �nica op��o. "Foi dia 15 de abril, depois de uma elei��o de 11 de abril, onde o Castello Branco foi votado pela C�mara e pelo Senado, e foi escolhido presidente da Rep�blica, � luz da constitui��o de 46", declarou.
Sobre os demais anos de ditadura militar, posteriores a 1964, disse que "n�o tem governo que acerta tudo". "Eu sou mais acusado de defeitos do que todos os governos dos �ltimos 100 anos", exemplificou. Depois, citou a elei��o de Rodrigo Mudrovitsch para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, e afirmou esperar que ele arquive casos relativos ao Brasil.
Ainda, no discurso, criticou o ensino brasileiro ao dizer que h� um "desvirtuamento" por parte de alguns professores que, segundo o presidente, fazem com que haja "uma milit�ncia operando em sala de aula". Reclamou que, por isso, � dif�cil mudar a legisla��o do ensino brasileiro - sem, por�m, citar as mudan�as que gostaria de fazer.
Bolsonaro deu a entender que essa "milit�ncia" seria heran�a de um per�odo que come�ou no primeiro mandato do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em 2003. "N�s queremos que o menino seja menino, que a menina seja menina. E n�o aquele lixo acumulado de 2003 para c�, onde se falava de quase tudo na escola menos de f�sica, qu�mica e matem�tica."
Al�m disso, ao falar sobre agress�o f�sica a crian�as como forma de disciplina, questionou: "Quem nunca sofreu um corretivo dos pais aqui?". Disse que ele mesmo passou por isso e, mesmo n�o tendo gostado na �poca, acredita que o ajudou a chegar at� onde chegou.