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Estado de Minas ENTREVISTA

2022: Janones quer ser 'op��o do meio' e diz que 3� via p�e pobres de lado

Deputado federal do Avante constr�i pr�-candidatura ao Planalto e tenta alavancar nome em meio a uma profus�o de presidenci�veis


29/11/2021 17:57 - atualizado 29/11/2021 18:48

André Janones, deputado federal por MG, em discurso na Câmara dos Deputados
Andr� Janones tenta viabilizar candidatura ao Planalto (foto: Najara Araujo/C�mara dos Deputados )
O Avante trabalha para fortalecer a pr�-candidatura do deputado federal mineiro Andr� Janones � presid�ncia da Rep�blica. Embora se defina como "op��o do meio" a Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz In�cio Lula da Silva (PT), o parlamentar garante que n�o guarda semelhan�as com os postulantes � pecha de terceira via, como Jo�o Doria (PSDB), Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT). Segundo Janones, os outros presidenci�veis que buscam se opor � polariza��o pecam por n�o dialogar com as camadas vulner�veis.

"Essas candidaturas continuam deixando de fora os que realmente deveriam ser os protagonistas das discuss�es pol�ticas: os mais pobres, os trabalhadores, quem est� na favela e, normalmente, � exclu�do", diz ele, em entrevista ao Estado de Minas.

Neste domingo (28/11), em um evento em Jaboticatubas, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, o Avante oficializou a pr�-campanha de Janones ao Pal�cio do Planalto. Embora a candidatura n�o seja algo garantido, o deputado mira a redu��o das desigualdades como bandeira priorit�ria. "A principal proposta � diminuir a desigualdade, trazendo ao mercado de consumo e concedendo o m�nimo de dignidade aos que, hoje, s�o chamados de invis�veis. O primeiro passo para isso � o di�logo e o fortalecimento da democracia".

Deputado em primeiro mandato, Janones se notabilizou por sua defesa ao aux�lio emergencial. O Avante � presidido por Luis Tib�, outro deputado federal mineiro. Pelas estradas de Minas Gerais, a ideia � colocar para rodar um �nibus com o rosto do presidenci�vel. No ve�culo, Janones segue o p�riplo por cidades importantes em busca de apoio.

Tr�s perguntas para Andr� Janones (Avante-MG), pr�-candidato ao Planalto


Houve um evento para lan�ar oficialmente sua pr�-candidatura. Em que p� est�o os debates sobre a sua participa��o na corrida eleitoral?

Nosso projeto � diferente da maioria dos pr�-candidatos, que vem de cima para baixo, com grandes eventos e festividades. Nosso projeto vem de baixo para cima, de um clamor da popula��o. Nossos n�meros nas redes sociais comprovam isso. Temos engajamento mensal de cerca de 40 milh�es de brasileiros, e n�o s�o curtidas ou visualiza��es. � gente. Por tr�s de cada n�mero, h� pessoas com anseios e desejos, que n�o est�o satisfeitas com a pol�tica que est� sendo desenvolvida no pa�s, mas tamb�m n�o querem regredir e voltar ao passado. Estamos mostrando � popula��o, por meio da nossa pr�-candidatura, que � poss�vel acreditar e ter uma op��o diferente. Creio que vamos crescer bastante.

O crescimento � sustent�vel: n�o � um oba-oba, com v�rias lideran�as pol�ticas, mas uma pr�-candidatura que nasce dos anseios da popula��o - em especial, dos menos favorecidos. O grande desafio, agora, � dialogar com outros p�blicos, (como) o empresariado, mostrar propostas concretas para a economia que estamos preparados para o desafio de disputar uma candidatura presidencial. Independentemente do resultado das urnas, nossa candidatura enriquece o debate pol�tico, pois mostra que � poss�vel uma op��o diferente do que est� sendo colocado, de uma extrema esquerda, ultrapassada, que volta ao passado, e de uma extrema direita que, vimos no governo, n�o deu certo. Apresentamos uma op��o do meio. � a proposta principal de nossa candidatura.

Ainda estamos h� um ano da elei��o, mas o senhor j� sabe apontar a bandeira priorit�ria que vai nortear seu discurso se, de fato, for candidato?

O pai de todos os problemas do nosso pa�s � a desigualdade social. Temos um pa�s em que, durante a pandemia, aumentou exponencialmente o consumo de artigos de luxo, e ao mesmo tempo, a fome avan�ou de maneira semelhante ao que era nos anos 1990. A fome nunca deixou de ser problema, mas deixou de ser o principal problema. E, agora - e temos dados que comprovam isso - a fome volta a assustar e a ser o grande protagonista dos problemas sociais do pa�s.

O grande desafio � unir o pa�s. Pol�tico tem que aparecer de quatro em quatro anos. No intervalo entre uma elei��o e outra, quem vence tem que descer do palanque e come�ar a trabalhar. � o que Bolsonaro n�o fez: a elei��o passou e ele continua no palanque fazendo campanha. Nosso principal foco �, primeiro, unir o pa�s.

Precisamos de um presidente que governe para todos, sem 'n�s' contra 'eles' ou pobre contra rico. Tem que investir, auxiliar o empresariado para gerar empregos. A principal proposta � diminuir a desigualdade, trazendo ao mercado de consumo e concedendo o m�nimo de dignidade aos que, hoje, s�o chamados de invis�veis. O primeiro passo para isso � o di�logo e o fortalecimento da democracia.

O senhor fala em ser uma 'op��o do meio', mas h� outros pr�-candidatos com discurso similar, como Jo�o Doria, do PSDB, e Sergio Moro, do Podemos. Ainda h� a chance de ter nomes de fala similar em partidos como PSD e Cidadania. N�o h� temor por pulveriza��o de votos? Pretende dialogar com as outras terceiras vias?

N�o acho, sem querer parecer prepotente, que a minha candidatura se iguale a nenhuma dessas outras candidaturas. N�o estou dizendo que � melhor ou pior, com mais ou menos chances, mas que n�o guarda nenhuma semelhan�a com as outras ditas terceiras vias, porque elas n�o dialogam com a camada mais pobre da popula��o. Essas candidaturas continuam deixando de fora os que realmente deveriam ser os protagonistas das discuss�es pol�ticas: os mais pobres, os trabalhadores, quem est� na favela e, normalmente, � exclu�do.

Prova de que s�o exclu�dos � que, se voc� ligar a televis�o, ver� discuss�o sobre ideologia de g�nero, linguagem neutra, libera��o do porte de armas e outras coisas. S� n�o ver� debate sobre aquilo que realmente interessa a essas pessoas: o pre�o do arroz, do feij�o, da gasolina, a gera��o de emprego, o caos na sa�de p�blica e o sucateamento da educa��o.

Esses s�o os problemas que afetam diretamente a popula��o, mas, infelizmente, aqueles que protagonizam o debate pol�tico no nosso pa�s continuam insistindo em dialogar s� para a bolha de 20% que est� no debate ideol�gico, enquanto 80% preocupados com os problemas reais s�o deixados de fora da discuss�o. Por mais que demore um pouco, n�o vai ser amanh� ou depois, mas vamos mostrar que n�o temos que escolher entre algu�m que saqueou o pa�s e algu�m que faz a pior gest�o da hist�ria deste pa�s.


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