
O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva refor�ou a hip�tese de ter Geraldo Alckmin (de sa�da do PSDB) na vice de sua chapa presidencial em 2022 e disse que aguarda a defini��o do novo partido do ex-governador para avan�ar nas negocia��es. Em entrevista para a r�dio Ga�cha FM nesta ter�a-feira, 30, o petista afirmou que ambos est�o buscando construir um acordo.
"Tive uma extraordin�ria rela��o com o Alckmin no meu governo. Ele est� definindo qual ser� seu partido pol�tico e n�s estamos no processo de conversar. Vamos ver se � poss�vel construir uma alian�a pol�tica. Mas � o seguinte: eu quero construir uma chapa para ganhar as elei��es", disse Lula.
Nesta segunda-feira, 29, Alckmin fez novos acenos a uma alian�a com Lula durante conversa a portas fechadas com presidentes de centrais sindicais, que defendem a alian�a. O tucano, que negocia filia��o no PSB, PSD e Uni�o Brasil, tem sido cortejado por petistas para dar um car�ter ideol�gico mais amplo � candidatura Lula, sinalizando ao centro e valorizando a responsabilidade fiscal no hist�rico de Alckmin como gestor.
Durante a entrevista, Lula voltou a afirmar que ainda n�o bateu o martelo sobre sua candidatura � Presid�ncia, embora tenha assumido uma agenda claramente pr�-eleitoral, de costuras regionais. Se eleito, disse, vai rever a pol�tica de paridade de pre�os da Petrobras para tentar controlar a infla��o, tema usado pelo petista como muni��o contra o presidente Jair Bolsonaro. Ele tamb�m criticou o teto de gastos adotado no governo do ex-presidente Michel Temer. "O teto de gastos s� pode ser aprovado em um pa�s onde o presidente da Rep�blica n�o tem autoridade moral para decidir o que fazer, o que gastar, onde investir", disse, sem explicitar se pretende buscar mudan�as nos limites legais.
O petista voltou a se defender de acusa��es de corrup��o em seus mandatos. Ele alegou que a marca dos governos petistas foram as pol�ticas de inclus�o social, n�o o mensal�o e o petrol�o. "Nenhum governo criou mais instrumentos de combate � corrup��o que Lula e Dilma", disse, citando leis regulamentadas quando o partido ocupava a cadeira do Executivo, como a da dela��o.
"Quem praticou corrup��o no PT foi punido, foi responsabilizado. O que n�s queremos � que a investiga��o seja bem feita, que n�o seja feita por um mentiroso como o Moro ou por uma quadrilha como a do Dallagnol", afirmou.