
Para o sinal verde a Mendon�a, eram necess�rios 41 votos - maioria simples de todos os 81 senadores. O resultado da vota��o foi divulgado por volta das 19h10.
Mais cedo, o ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica passou por sabatina na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania (CCJ) do Senado. Dezenove dos 27 integrantes do colegiado foram favor�veis ao advogado e, assim, a indica��o p�de ir a plen�rio.
Mendon�a, de 48 anos, � servidor de carreira da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), e ocupou a chefia da entidade por duas vezes - entre 2019 e abril de 2020 e, depois, entre mar�o e agosto deste ano. Ele renunciou � AGU para, justamente, construir pontes e articula��es para viabilizar o ingresso na Suprema Corte.
Pastor presbiteriano, Mendon�a prometeu, durante a audi�ncia na CCJ, ter as leis como instrumentos norteadores de suas a��es. Garantiu, ainda, defender o Estado laico e o casamento LGBTQIA+. "Na vida, a B�blia, no Supremo, a Constitui��o'', disse.
Mendon�a pleiteia o assento deixado por Marco Aur�lio Mello, aposentado em julho deste ano. No mesmo m�s, Bolsonaro oficializou o nome desejado para substitu�-lo.
Nesta quarta, n�o votaram Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Paulo Paim (PT-RS), por motivos de sa�de.
Eliziane defende indicado
Durante todo o dia de hoje, as quest�es religiosas permearam parte do debate em torno do novo ocupante do Supremo. Eliziane Gama (Cidadania-MA), relatora da indica��o de Mendon�a na CCJ, emitiu parecer favor�vel � aprova��o do nome enviado por Bolsonaro.
Em plen�rio, ela fez discurso para convencer os colegas a seguir o seu texto. "Assistimos, no Brasil inteiro, a um debate sobre a posi��o religiosa do doutor Andr� Mendon�a em detrimento daquilo que � princ�pio constitucional para o ministro do STF: not�rio saber jur�dico e reputa��o ilibada", disse ela. "Ningu�m pode ser vetado pela sua condi��o religiosa, como tamb�m n�o � esse o crit�rio para que ele seja, hoje, indicado ao STF. O que temos, hoje, � um t�cnico, profissional, servidor p�blico federal, de carreira muito diligente", completou, garantindo que as "condi��es t�cnicas" do advogados restam claras.
Mais cedo, durante a sabatina, Carlos Viana (PSD-MG) adotou tom semelhante e afirmou que a cren�a de Mendon�a "n�o interessa" para a an�lise da indica��o.
"Se entramos na seara de um evang�lico no Supremo, veremos que, na hist�ria, j� tivemos outros ministros evang�licos. Ant�nio Martins Villas Boas foi nomeado ministro em 1957, mineiro. Hoje, inclusive, o pr�dio da Faculdade de Direito da UFMG tem o nome dele. Grande jurista, aposentado pelo governo militar em 1966"