Depois de travar uma guerra nos bastidores para ter sua indica��o aprovada no Senado, Andr� Mendon�a assume nesta quinta-feira, 16, a vaga de 11.� ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) sob a alcunha de "terrivelmente evang�lico". O termo foi cunhado pelo presidente Jair Bolsonaro, que fez teste de covid para comparecer � cerim�nia de posse do amigo.
Na pr�tica, a promessa feita por Mendon�a durante a sabatina na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania (CCJ) do Senado, quando disse que "na vida, a B�blia; no Supremo, a Constitui��o", enfrentar� ru�dos j� no seu primeiro dia com a toga.
A Conven��o Nacional das Assembleias de Deus Minist�rio Madureira (Conamad) preparou um "culto de a��o de gra�as" para Mendon�a, em Bras�lia, logo ap�s a posse. Bolsonaro, a primeira-dama Michelle e Mendon�a confirmaram presen�a no culto. A Assembleia de Deus � um reduto de l�deres da bancada evang�lica na C�mara, como Cezinha Madureira (PSD-SP) e S�stenes Cavalcante (DEM-RJ). Nos �ltimos meses, nomes de peso das religi�es protestantes no Congresso trabalharam intensamente pela aprova��o de Mendon�a no Senado. Evang�lica, Michelle viralizou nas redes sociais por comemorar a vit�ria do aliado de forma efusiva, com falas "em l�nguas".
O novo ministro assumir� a relatoria de a��es de interesse do segmento que o apoiou e tamb�m da oposi��o. Mendon�a herdar� dois processos sob relatoria de Marco Aur�lio Mello que dividem setores progressistas e conservadores. O primeiro trata da taxa��o de grandes fortunas. No outro caso, ele dar� o voto de desempate no julgamento que analisa se detentas transexuais e travestis t�m direito de optar por cumprir a pena em pres�dios masculinos ou femininos. A c�pula do Supremo, por�m, n�o tem dado sinais de que deve discutir a��es que envolvam pautas de costumes e quest�es de enfrentamento p�blico no ano que vem, sobretudo com a chegada de um evang�lico.
A entrada do segundo ministro indicado por Bolsonaro no STF movimentou a correla��o de for�as no tribunal. Kassio Nunes Marques, o primeiro nome de Bolsonaro, pode ter agora um aliado para rivalizar com seus pares. O ministro tem colecionado vota��es em que � vencido ou fica isolado. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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