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Estado de Minas Elei��es 2022

Disputas eleitorais em 2022 ser�o hiperconectadas

Com papel decisivo no pleito de 2018, redes sociais ser�o ferramentas essenciais para as campanhas, exigindo adapta��o dos candidatos


26/12/2021 04:00 - atualizado 26/12/2021 07:29

Então candidato, Bolsonaro se beneficiou da exposição virtual
Ent�o candidato, Bolsonaro se beneficiou da exposi��o virtual. Agora, opositores tamb�m v�o aproveitar recursos para falar com eleitores (foto: Facebook/Reprodu��o da Internet - 14/10/18)

Os 150 milh�es de usu�rios de redes sociais no Brasil t�m rotinas predominantemente conectadas desde o in�cio da pandemia de COVID-19. � o que indica o estudo da Hootsuite em parceria com a We Are Social, divulgado em agosto de 2021. O n�mero de usu�rios das redes, quando comparado ao total de habitantes, � de 70,3% da popula��o. Esse dado coloca o Brasil como uma das na��es protagonistas da intera��o social por meio das telas. O brasileiro � o terceiro do mundo a passar a maior m�dia de tempo nas m�dias sociais, o equivalente a 3h42min di�rias. Isso representa mais de 56 dias por ano inteiramente vividos no feed das redes sociais.

Com atividades cada vez mais digitais, a pol�tica brasileira tamb�m encontra seu espa�o no mundo virtual. Em 2018, as redes sociais foram decisivas para a elei��o de Jair Bolsonaro. O presidente fez uso delas como arma pol�tica para angariar votos, e ainda faz, para manter a conex�o e intera��o com os eleitores – todas as quintas-feiras, por exemplo, o chefe do Executivo realiza uma live, na qual traz novidades sobre o governo e declara��es sobre os principais assuntos da semana.

Para as elei��es de 2022, o esperado � que os candidatos �s vagas nos poderes brasileiros tenham que dan�ar conforme a m�sica, e adaptar seus discursos e estrat�gias pol�ticas para o mundo das m�dias sociais. � o que acredita a soci�loga e professora da Universidade de Bras�lia (UnB) Christiane Coelho. Para ela, o uso das redes sociais como forma de conquistar o eleitorado ser� mostrado com for�a no pleito que se aproxima. “Neste processo, duas quest�es s�o importantes: o personalismo e a aparente proximidade como essas redes se dirigem aos eleitores. Este tipo de abordagem tem impactos pol�ticos fortes, e quem domin�-los ter� vantagens”, avalia.

A soci�loga ainda complementa que, por estar mais presente nas redes sociais, o p�blico mais jovem deve ser mais impactado – mas a estrat�gia n�o deve ser restringida a eles. “Considero que ser� uma estrat�gia fundamental e decisiva, que ter� impactos generalizados, podendo influenciar mais os jovens, mas que ser� importante para a popula��o em geral”, diz. Christiane ainda observa que, com a mudan�a das formas de consumo de informa��o, h� uma tend�ncia muito maior de que a popula��o decida seus votos por meios digitais.

� preciso compreender aspectos caracter�sticos destas novas plataformas de comunica��o, a exemplo do potencial de viraliza��o natural destes meios, como explica o especialista em marketing digital e diretor de Comunica��o e Marketing da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Marcos Fac�. “Hoje, fala-se muito dos candidatos principais, mas pode ser que ainda surja um outro candidato, �s vezes fora do meio da pol�tica, que viralize t�o r�pido que seja eleito, provocando uma ades�o r�pida”, destaca.

Al�m desta peculiaridade, Fac� aposta em uma constante renova��o nos cargos pol�ticos por conta das redes sociais. “Os partidos tamb�m come�am a mudar o olhar. Antes, o candidato era aquele que tinha presen�a e influ�ncia na comunidade. Hoje em dia, um influenciador tem uma facilidade de angariar votos at� maior do que alguns pol�ticos. Pode ser que surja uma troca de perfis na pol�tica brasileira”, projeta. Para ele, o TikTok ser� a principal plataforma virtual nas elei��es em 2022.

Fake news 


Mas quando se trata de redes sociais, uma pauta continua latente: a dissemina��o de not�cias falsas e a desinforma��o que determinados comportamentos no consumo de not�cias podem gerar. Christiane alerta para as “bolhas virtuais” que, em forma de grupos de refer�ncia e a confian�a – com membros da fam�lia, por exemplo –, se tornam propagadores de desinforma��o. “A desinforma��o e as fake news t�m invadido tamb�m a nossa realidade. Muitas vezes, as pessoas n�o questionam as informa��es que recebem e, na rapidez e velocidade da sociedade moderna, n�o param para refletir de forma cr�tica”, analisa.

H� ainda, a complexifica��o das fake news, divididas em dois grupos: as cheap fakes (falsifica��o barata, em tradu��o livre) e as deep fakes (falsifica��o profunda). Fac� destaca que tanto uma quanto a outra estrat�gia poder�o ser usadas para gerar not�cias falsas, colocando um candidato em situa��es em que sua credibilidade possa ser questionada por meio da distor��o da realidade. “Voc� v� uma reportagem que incrimina um pol�tico na grande m�dia e come�a a duvidar. O pol�tico se defende dizendo que � fake news. H� uma desestabiliza��o na sociedade”, explica.


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