
O carreir�o engloba cerca de 80% dos funcion�rios federais. Al�m de receberem os menores sal�rios entre os servidores da Uni�o, eles est�o sem reajuste desde 2017. De l� para c�, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 27,2%. Com a infla��o sem precedentes desde antes do Plano Real, o poder de compra das categorias vem sendo engolido.
A mobiliza��o do funcionalismo � uma contrapartida � decis�o do governo de reservar R$ 1,7 bilh�o do Or�amento de 2022 para reajuste salarial de servidores da Pol�cia Federal, da Pol�cia Rodovi�ria Federal e do Departamento Penitenci�rio Nacional.
S�rgio Ronaldo da Silva — secret�rio-geral da Confedera��o dos Trabalhadores no Servi�o P�blico Federal (Condsef), que representa o carreir�o — afirmou que, na primeira semana de janeiro, haver� uma assembleia. A inten��o � iniciar uma mobiliza��o no dia 14.
"A a��o que estamos tentando desenvolver � transformar isso em uma mobiliza��o geral, como fizemos com a PEC 32", disse Silva, em rela��o � proposta de emenda � Constitui��o da reforma administrativa, que est� parada no Congresso. "Com rela��o � LOA (Lei Or�ament�ria Anual), vamos tentar fazer um movimento no m�s de janeiro. Tentaremos envolver todo o conjunto de funcionalismo. N�o � poss�vel que 97% do funcionalismo seja jogado ao relento e acharem isso normal. A possibilidade de a gente extrair alguma coisa para 2022 � um processo de mobiliza��o", ressaltou.
Ele acusou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de culpar os servidores por fracassos da sua gest�o. "Desde janeiro de 2019, a gente tenta negociar com o governo, mas s� recebe sil�ncio e hostilidade. Paulo Guedes usa adjetivos pejorativos contra n�s. O servidor n�o � inimigo do Estado ou do povo, mas, sim, a solu��o para o pa�s", frisou.
Elite
Na quarta-feira, a elite do funcionalismo j� tinha marcado posi��o. O F�rum Nacional Permanente de Carreiras T�picas de Estado (Fonacate) anunciou um calend�rio de paralisa��es em janeiro e uma eventual greve geral em fevereiro. "Se o governo n�o oferecer resposta at� dia 14 de janeiro, n�s teremos, na semana subsequente, dois dias de paralisa��o. Isso pode caminhar para uma greve, que ser� discutida a partir da primeira semana de fevereiro. O calend�rio est� todo definido", ressaltou o presidente da entidade, Rudinei Marques.
De acordo com ele, h� conversas com outras carreiras e, possivelmente, ocorrer� converg�ncia ao calend�rio de mobiliza��o. "Cinco das entidades que comp�em o f�rum tamb�m integram o Fonasefe (F�rum Nacional das Entidades dos Servidores P�blicos Federais), e � permanente o di�logo", destacou. "� poss�vel que haja converg�ncia de for�a nesse calend�rio de mobiliza��o, mas, a princ�pio, cada categoria est� fazendo sua parte separada, para depois tentarmos unir em um grande movimento."