
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou ao ser questionado, ontem, sobre a veracidade da facada que recebeu durante a campanha eleitoral de 2018. Em coletiva de imprensa ap�s receber alta do Hospital Vila Nova Star, em S�o Paulo, ele afirmou que querem "politizar uma tentativa de homic�dio". O chefe do Executivo aproveitou para enfatizar que o caso foi reaberto pela Pol�cia Federal e disse ser esperado que "aprofunde mais".
A PF designou o delegado Martin Bottaro Purper para assumir o terceiro inqu�rito sobre o atentado. O agente j� comandou investiga��es contra a fac��o Primeiro Comando da Capital (PCC) (leia Saiba mais).
As duas apura��es anteriores da PF conclu�ram que Ad�lio Bispo, principal acusado pela facada, agiu sozinho. Bolsonaro, no entanto, n�o aceita a vers�o e diz que a atitude "n�o foi da cabe�a dele (do agressor)". Segundo o presidente, Ad�lio viajava pelo Brasil, havia muito tempo, mesmo estando desempregado. "Ent�o, no meu entender, n�o est� dif�cil desvendar esse caso. Agora, vai chegar a gente importante, n�o tenha d�vidas", frisou. "N�o h� d�vidas da tentativa de homic�dio. Queria estar jogando meu futebol, apesar da idade, queria estar fazendo mais coisas, e n�o fa�o."
Bolsonaro negou que tenha politizado a interna��o, motivada por uma obstru��o intestinal — segundo ele, reflexo da facada. "Eu n�o queria estar aqui. Estava previsto retornar a Bras�lia na ter�a-feira. Foi colocada uma sonda g�strica e, em poucos minutos, sa�ram sucos g�stricos. Sobre essa politiza��o, voc�s est�o de brincadeira comigo. Doutor Macedo tem sua honra, e eu tenho a minha. N�s temos muito a zelar", sustentou, numa refer�ncia a seu m�dico pessoal, Ant�nio Luiz Macedo.