
Dirigentes do PDT programavam uma conven��o presencial em Bras�lia (DF) para a sexta-feira.
No s�bado (22), Brizola seria homenageado com um ato. Estava previsto o descerramento de uma est�tua do ga�cho, a abertura de um painel de exposi��o e o lan�amento de livro e document�rio. O avan�o da variante �micron da COVID-19, por�m, freou os planos. Agora, a conven��o pedetista ser� remota.
"Tendo em vista esta pandemia, temos que preservar vidas, principalmente [as das] nossas crian�as. Suspendemos todas as atividades presenciais e vamos fazer a conven��o de modo virtual. E, tamb�m, o pr�-lan�amento da candidatura do Ciro", disse, nesta segunda (17), o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, em entrevista � BandNews.
"A homenagem do Brizola vamos deixar [para] fazer assim que tiver mais garantia do controle da pandemia. Para fazer presencialmente, em Bras�lia", projetou o mandat�rio.
Brizola morreu em 2004, aos 82 anos. Depois de longa trajet�ria pol�tica no Sul do pa�s e em terras cariocas, ele precisou se exilar fora do Brasil por causa da ditadura. Herdeiro pol�tico de Get�lio Vargas e Jo�o Goulart, voltou ao pa�s em 1979, com a Lei da Anistia.
Ele perdeu a briga com Ivete Vargas, da fam�lia de Get�lio, pelo esp�lio do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Sobrou, ent�o, a op��o de fundar outro partido, o PDT. Por ele, concorreu ao Planalto em 1989 e 1994. Em 1998, foi vice de Lula. Quatro anos depois, apoiou Ciro, ent�o no PPS, � presid�ncia.
Lupi minimiza polariza��o
Apesar do cancelamento da atividade junto aos militantes pedetistas, Ciro conceder� entrevista coletiva na capital federal. Ele tem aparecido atr�s de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas sobre inten��es de voto.Em recente levantamento, divulgado na semana passada por Ipespe/XP, Ciro tem 7%, atr�s tamb�m de Sergio Moro, com 9%. Lula aparece na ponta, com 44%, 20 pontos � frente de Bolsonaro (24%).
Carlos Lupi reconhece a polariza��o entre Lula e Bolsonaro. Segundo ele, a compara��o entre as gest�es feitas por ambos d� vantagem ao petista. Apesar disso, cr� que Ciro pode estruturar uma campanha competitiva.
"Vamos ter que ter debates e discutir projetos. Estamos colocando a candidatura do Ciro exatamente para isso: discutir um projeto para o Brasil, que Brasil queremos. Ciro chegou a escrever um livro sobre o projeto nacional de desenvolvimento, "O Dever da Esperan�a", em que a gente coloca, em cada aspecto da sociedade, nosso diagn�stico, o problema que enxergamos e as poss�veis solu��es", afirmou.
"Campanha pol�tica n�o � corrida de cavalo, em que a gente vai apostar no primeiro colocado para ganhar a corrida. Campanha pol�tica tem que ter projeto. Tem que ter ideias", emendou o presidente.
PDT mineiro � pr�ximo a Kalil, mas pode ter candidatura pr�pria
Em Minas Gerais, a sigla est� no arco de agremia��es pr�ximas a Alexandre Kalil (PSD), poss�vel postulante ao governo. Apesar disso, a candidatura pr�pria � hip�tese aventada internamente.Uma das possibilidades � lan�ar Duda Salabert, vereadora mais votada da hist�ria de Belo Horizonte. Os rumos em Minas passam pela necessidade de garantir palanque a Ciro.