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Estado de Minas Elei��es 2022

'PT n�o deve descartar apoio a Kalil', defende deputado Odair Cunha (PT-MG)

Ao EM, parlamentar prega op��o por alian�a com o PSD do prefeito de BH se ela for mais vi�vel do que candidato pr�prio da legenda para derrotar Bolsonaro e Zema


23/01/2022 04:00 - atualizado 23/01/2022 17:44

Odair Cunha, deputado federal pelo PT de Minas
''O governo Zema � uma miniatura do governo Bolsonaro. � um Bolsonaro polido, mais 'engomadinho', porque n�o tem pol�ticas de sa�de e educa��o'' (foto: Marina Ramos/c�mara dos deputados)
O PT n�o pode eliminar a possibilidade de dar apoio ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), se ele decidir disputar o governo de Minas Gerais, na avalia��o do deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Contudo, a eventual alian�a estar� condicionada aos objetivos centrais dos petistas: vencer Jair Bolsonaro (PL) e, em Minas, derrotar o governador Romeu Zema (Novo), que vai tentar se reeleger.

Odair Cunha acredita que os rumos do PT ser�o norteados por crit�rios relacionados �s chances de a legenda emplacar seu projeto “democr�tico e popular”, antes de considerar fatores pol�ticos, como uma “dobradinha” entre Kalil e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, advers�rio de Bolsonaro nas elei��es de outubro. “O que deve nortear nosso debate e a nossa decis�o n�o �, necessariamente, qualquer tipo de acerto pol�tico de espa�os ou algo que o valha”, afirmou o deputado em entrevista ao Estado de Minas.

Segundo Odair Cunha, � cedo para cravar se um apoio ao prefeito de BH tem mais probabilidade de ocorrer do que o lan�amento de candidatura pr�pria do PT ao governo de Minas. A decis�o vai passar, tamb�m, pelo debate sobre a federa��o partid�ria que poder� ser formada com outras siglas, a exemplo do PSB. “O importante � mantermos o di�logo das for�as populares em Minas”, observou, garantindo que o PT, ao tratar de alian�as, vai levar � mesa de negocia��es os nomes de seus quadros com potencial eleitoral. O deputado federal Reginaldo Lopes, l�der do partido na C�mara, � visto como alternativa para concorrer ao Senado, em que pese o fato de o PSD ter Alexandre Silveira em busca da reelei��o.

Cunha n�o poupa cr�ticas a Zema, chamado por ele de “miniatura de Bolsonaro”. Ao tratar de Lula, o petista defende a coaliz�o com representantes do centro e centro-direita, citando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o l�der nacional pessedista Gilberto Kassab. Ao EM, Cunha rebateu as cr�ticas dos colegas de partido � eventual alian�a com Geraldo Alckmin e sustentou que o ex-tucano seria “bem-vindo” em uma frente contra retrocessos e, tamb�m, para garantir governabilidade.

Em Minas, neste momento, o principal oponente do governador Romeu Zema � o prefeito de BH, Alexandre Kalil, caso resolva se candidatar. O PT estar� no palanque de Kalil ou h� espa�o para candidatura pr�pria?
Minha compreens�o � de que o PT deve somar esfor�os em torno de dois objetivos centrais: o primeiro deles � derrotar Bolsonaro e tudo o que ele significa do ponto de vista de problemas para o pa�s. O segundo objetivo deve ser derrotar Zema e acabar com o engodo e a mentira que s�o o governo dele. Considerando os dois objetivos, temos que adotar a estrat�gia que for melhor. Esse � o debate que deve ocorrer no partido nos pr�ximos dois meses.

O senhor, ent�o, defende que o PT escolha apoiar o prefeito de BH se a candidatura dele se tornar mais vi�vel para barrar a reelei��o do governador?
Minha compreens�o � que o partido n�o deve descartar a hip�tese de apoiar o Kalil, desde que isso fa�a parte de uma estrat�gia nacional de enfrentamento aos desgovernos de Bolsonaro e Zema.

Dentro do PT, est�o sendo discutidas condi��es para esse apoio? Elas passariam pela abertura do palanque do PSD ao ex-presidente Lula ou pela candidatura ao Senado, por exemplo?
O governo Zema � uma miniatura do governo Bolsonaro. � um Bolsonaro polido, mais ‘engomadinho’, porque n�o tem pol�ticas de sa�de e educa��o. N�o h� pol�tica s�ria de enfrentamento ao coronav�rus e para a gera��o de emprego e renda. O que deve nortear nosso debate e a nossa decis�o n�o �, necessariamente, qualquer tipo de acerto pol�tico de espa�os ou algo que o valha. Em minha opini�o, o que vai orientar a nossa decis�o �, exatamente, a melhor estrat�gia para implementarmos e retomarmos um projeto democr�tico e popular no Brasil e em Minas. A poss�vel candidatura do prefeito de BH re�ne condi��es de fazer o enfrentamento � candidatura de Zema. Obviamente, o PT tem hist�ria, presen�a e nomes para contribuir na chapa. Vamos apresentar os nomes que o partido tem na hora em que esse debate for aberto. Mas tudo deve girar em torno da premissa de livrar o Brasil de Bolsonaro e Minas de Zema.

E quais s�o os nomes do PT que podem contribuir para fortalecer essa eventual chapa?
Temos discutido nomes internamente. O nome de Reginaldo Lopes, l�der do PT na C�mara dos Deputados, � um que se coloca com viabilidade eleitoral e presen�a em todo o estado. Em qualquer mesa de negocia��o em torno das elei��es deste ano, o nome de Reginaldo ser� lembrado. Ele tem se colocado � disposi��o e tem larga experi�ncia legislativa. Tem demonstrado trabalho e presen�a em todas as regi�es de Minas. As pesquisas apontam que Reginaldo tem viabilidade para o Senado. � um dos nomes que o PT vai considerar.

A decis�o ainda depende das articula��es em torno da candidatura de Lula?
A discuss�o nacional dos partidos em torno da candidatura de Lula e a discuss�o da federa��o t�m muita incid�ncia sobre as op��es que o partido far� em Minas. O tempo, neste caso, precisa ser usado. H� prazo legal para que haja a formaliza��o de alian�as, e vamos usar esse prazo para manter o di�logo aberto.

O PSD, na sua avalia��o, est� disposto a abrir espa�o a Lula em Minas Gerais?
A discuss�o com o PSD � nacional. A presidenta Gleisi [Gleisi Hoffmann, do PT] tem estabelecido um di�logo com o presidente Kassab [Gilberto Kassab, do PSD] em torno de um projeto que visa melhorar o Brasil, tirar o pa�s da estagna��o econ�mica e retomar o desenvolvimento, o que significa gera��o de emprego e renda para o povo. Em torno dessas premissas, h�, sim, di�logo com o PSD nacionalmente. Havendo esse di�logo, ele implicar� nos estados.

Para apoiar Kalil, o PDT reivindica apoio a Ciro Gomes. O senhor vislumbra cen�rio de alian�as com o prefeito de BH candidato ao governo tendo um palanque misto em termos nacionais, dando espa�o a Lula e Ciro?
N�o vislumbro essa possibilidade, porque compreendo que o elemento central para n�s, do Partido dos Trabalhadores, ser� a uni�o nacional em torno de um projeto liderado pelo presidente Lula que vise � derrota do programa e do projeto de Bolsonaro. � uma quest�o definidora.

No fim de 2021, representantes de PT, PSB, PCdoB, PSOL e PV se reuniram para debater a constru��o de uma frente progressista em Minas. Neste momento, h� chances de essa ideia sair do papel?
Essa frente popular est� sendo discutida nacionalmente [com a federa��o partid�ria]. O diret�rio nacional do PT autorizou esse debate interno. Estamos fazendo [o debate] internamente e com esses partidos, porque entendemos que, neste momento, n�o devem prevalecer egos pessoais ou os interesses partid�rios. O que entendemos como central � que haja frente ampla e popular que retome o Brasil para os brasileiros, com direitos, respeito �s diferen�as, sem misoginia e racismo. O projeto da federa��o � algo que ganha corpo a cada dia, uma frente que defenda os interesses mais urgentes do povo: gera��o de emprego e renda, alimenta��o digna, acesso � sa�de e educa��o de qualidade.

Como est�o as conversas para que Geraldo Alckmin se torne vice de Lula?
Vivemos um retrocesso civilizat�rio no Brasil, com racismo, preconceitos, misoginia, intoler�ncia e negacionismo da ci�ncia. Contra esses males, � necess�rio haver uma alian�a nacional. Com certeza, quadros pol�ticos como o ex-governador Alckmin contribuem — e muito — nesse movimento nacional contra o fascismo, que ganhou for�a com o governo Bolsonaro. N�o podemos estabelecer barreiras ideol�gicas ou de opini�o pessoal em torno de um momento t�o grave. Entendo que Alckmin sempre ser� bem-vindo nesse movimento nacional contra o fascismo.

O ex-governador � o nome mais prov�vel para a chapa ou trata-se de uma constru��o que deve levar certo tempo?
Essa constru��o est� em andamento. � um processo em aberto. O partido e suas lideran�as est�o em debate, inclusive com outras for�as pol�ticas que querem estar ao lado do presidente Lula.

Representantes do PT, como Rui Falc�o, acreditam que alian�a com Alckmin, tucano hist�rico, n�o � necess�ria para conferir viabilidade eleitoral a Lula. O que o senhor pensa de avalia��es como essa?
Respeito muito a opini�o do presidente Rui Falc�o e de outras lideran�as do PT, mas a minha compreens�o � de que n�o se trata apenas de uma alian�a eleitoral. Trata-se de uma alian�a program�tica para viabilizar a implementa��o de um programa que ganhe as elei��es e seja implementado depois. Para a implementa��o, n�o tenho d�vidas de que lideran�as de centro e centro-direita ser�o importantes.

Que nomes citaria, considerando at� onde Lula poderia ir para sinalizar � centro-direita?
O di�logo com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o presidente Gilberto Kassab s�o importantes — e com essas bancadas na C�mara dos Deputados. E com outras for�as que Alckmin e outras lideran�as pol�ticas podem agregar a esse projeto. N�o s� para ganhar as elei��es, mas para governar depois.



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