
"O tempo passou. Tem muita gente nova no peda�o. Eu pretendo montar um governo com muita gente nova, importante e com muita experi�ncia. A Dilma, tecnicamente, � uma pessoa inatac�vel, que tem uma compet�ncia extraordin�ria. Na minha opini�o, a companheira Dilma erra na pol�tica. Ela n�o tem a paci�ncia que a pol�tica exige que a gente tenha para conversar e atender as pessoas mesmo quando voc� n�o gosta que a pessoa est� falando. Nisso, cometemos um equ�voco pela press�o em cima dela", disse sinalizando que n�o deve traz�-la para algum cargo no governo caso seja eleito em outubro.
Antes de qualquer discuss�o sobre participar ou n�o de um eventual novo governo petista, o papel de Dilma na campanha do Lula tem sido questionado sobretudo depois da aus�ncia da ex-presidente no jantar promovido pelo Prerrogativas, coletivo de advogados autodenominados "progressistas" e "antilavajatistas", em dezembro de 2021. Foi o primeiro encontro p�blico entre Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB e cogita filiar-se ao PSB, entre outros partidos, para disputar a vice-presid�ncia na chapa com o petista.
Na �poca, o ocorrido gerou especula��es de que o PT estaria tentando "esconder" a ex-presidente para evitar desgastes � campanha presidencial este ano. Ela foi alvo de impeachment em 2016 e a condu��o da pol�tica econ�mica em seu governo tamb�m � contestada.
Para minimizar os burburinhos, em entrevista ao jornal O Globo, o ex-ministro da Justi�a Jos� Eduardo Cardozo afirmou publicamente que houve um "ru�do de comunica��o" que fez com que o convite n�o chegasse a Dilma e assumiu a responsabilidade pelo equ�voco. J� o ex-presidente fez quest�o de publicar uma foto de seu primeiro encontro com Dilma este ano.