
Na Assembleia, o l�der do governo Zema � Gustavo Valadares (PSDB), que vai continuar no cargo neste ano. Bel�m liderava os deputados da coaliz�o formada por PSC, Novo, Podemos, Solidariedade, PSDB, PP e Avante.
A lideran�a de um bloco partid�rio � importante porque o deputado respons�vel por ocup�-la atua como uma esp�cie de "porta-voz" do grupo nas conversas com o resto dos componentes da Assembleia. Bel�m, portanto, tinha papel de destaque nas negocia��es e articula��es em prol da aprova��o de pautas de desejo do governo Zema.
"Essa atitude [renunciar � lideran�a] n�o �, de forma alguma, de despedida ou separa��o, sen�o uma etapa diferente que exige maior dedica��o a um lado do trabalho, mas que certamente continua junto a todos que desempenham esfor�os para construir uma Minas melhor para o nosso povo", disse o parlamentar do PSC, ao anunciar que colocaria a vaga � disposi��o.
Bel�m recebeu o agradecimento p�blico do secret�rio de Governo Igor Eto, homem de confian�a do governador nas articula��es junto ao Legislativo. "Raul deixa a lideran�a do bloco governista, mas continua como parceiro e forte aliado do governo de Minas e do governador Zema na nobre empreitada de melhorar a vida dos mais de 21 milh�es de mineiros e mineiras".
Entre o meio de 2020 e o in�cio de 2021, Bel�m chegou a ser, em termos oficiais, o "n�mero um" das articula��es do Pal�cio Tiradentes, porque ocupava a lideran�a de governo.
O bloco das legendas simp�ticas ao governo Zema se chamava "Sou Minas Gerais", mas em abril do ano passado foi batizado com o nome do ex-deputado estadual Luiz Humberto Carneiro, do PSDB. O tucano, que tamb�m chegou a ser o l�der da gest�o do Novo, morreu em virtude da COVID-19.
Foco da base governista est� na Recupera��o Fiscal
Os deputados estaduais ainda fazem os primeiros movimentos oficiais em 2022, mas a base aliada ao poder Executivo est� focada em viabilizar o ingresso de Minas Gerais no Regime de Recupera��o Fiscal (RRF) federal.
O plano � visto pela equipe econ�mica de Zema como essencial para aliviar os problemas financeiros do estado, mas h� parlamentares que temem as contrapartidas do pacote - e, por consequ�ncia, preju�zos a pol�ticas p�blicas.
O d�bito do estado com a Uni�o gira em torno de R$ 140 bilh�es, mas uma liminar suspendeu o pagamento da d�vida. O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), amea�ou cassar a medida cautelar se Minas Gerais n�o ingressar no RRF. O governo, ali�s, recorreu � mesma Suprema Corte para viabilizar a vota��o do tema na Assembleia.
"[O RRF] � algo visto pelo governo como �nico caminho para que Minas continue sem ter a obriga��o ou a necessidade de pagar as parcelas da d�vida com a Uni�o. Com a possibilidade, inclusive, de renegoci�-las para a frente", defendeu Gustavo Valadares, ao Estado de Minas, no in�cio desta semana.