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Estado de Minas ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

CPI vai ouvir depoimento do presidente da Cemig nesta sexta-feira

Deputados mineiros querem saber do executivo se houve processo de "desidrata��o" para viabilizar privatiza��o


09/02/2022 04:00 - atualizado 09/02/2022 07:19

Passanezi
Deputados querem saber de Passanezi se houve processo de "desidrata��o" para viabilizar a privatiza��o da empresa (foto: DANIEL PROTZNER/ALMG)
A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que investiga a gest�o da Companhia Energ�tica do Estado de Minas Gerais (Cemig) agendou, para esta sexta-feira, o depoimento do presidente da empresa, Reynaldo Passanezi. Para hoje, os deputados estaduais esperam ouvir Evandro Negr�o de Lima, dirigente do partido Novo, legenda do governador Romeu Zema.

Evandro � aguardado na Assembleia porque h� suspeitas de interfer�ncia do Novo nos rumos da companhia el�trica. Em 2019, quando a Cemig buscava, no mercado de executivos, um novo presidente – em processo seletivo que culminou na escolha de Passanezi –, foi o dirigente do Novo que recebeu a primeira proposta financeira da Exec, empresa respons�vel por conduzir a sele��o.

A Exec recebeu R$ 170 mil para conduzir as etapas que acarretaram na contrata��o de Passanezi. A empresa foi a mesma que auxiliou no preenchimento de secretarias do atual governo estadual. H� deputados que apontam, inclusive, a possibilidade de "aparelhamento" da Cemig em favor do Novo. Aos deputados estaduais, em outubro, o ex-presidente da estatal Cledorvino Belini disse que s� soube do contrato com a Exec para escolha do seu sucessor quando Evandro Negr�o enviou a ele a fatura cobrando os R$ 170 mil acordados.

"Fica claro que havia, dentro da Cemig, um comando paralelo. Havia a exist�ncia de insiders, e isso � grave em uma empresa que tem a��es na bolsa. Insiders, que tinham informa��es privilegiadas, tomando decis�es em nome da empresa", disse, � �poca, o relator da CPI, S�vio Souza Cruz (MDB).

� mesma �poca, o governista Z� Guilherme (PP) defendeu o processo de escolha de Passanezi. "Qualquer partido que vence a elei��o vai ajudar a governar. � da pol�tica. Em Minas, quem ganhou foi o Novo. Em todos os outros governos, todas as nomea��es foram pol�ticas. Zema poderia nomear qualquer um que quisesse, mas tentou buscar no mercado uma pessoa que entendesse do mercado".

Em meio �s linhas de investiga��o seguidas pela CPI, os deputados tentam entender se h� um processo de "desidrata��o" para viabilizar a privatiza��o da empresa. � nesse contexto que se insere a oitiva de Reynaldo Passanezi. A venda de subsidi�rias da Cemig, como a Light e a Renova, s�o analisadas. No ano passado, a fatia da empresa mineira na Light, sediada no Rio de Janeiro, foi negociada.

Na Renova, a Cemig tinha participa��o indireta, por meio das a��es controladas, justamente, pela Light. A participa��o foi vendida em 2019, pelo valor simb�lico de R$ 1, o que fez com que Belini deixasse a presid�ncia da companhia de Minas Gerais.  A Renova tinha muitas d�vidas e entrou em processo de recupera��o judicial. "A gente sabe que a Renova estava dando preju�zo, mas R$ 1?", questionou, em outubro passado, o sub-relator da CPI, Professor Cleiton (PSB).

A CPI agendou reuni�es para hoje, amanh� e sexta, caso haja a necessidade de reprogramar depoimentos. Hoje, al�m de Evandro, � aguardada Ivna de S� Machado de Ara�jo, gerente de Compras de Materiais e Servi�os da Cemig. Ivna j� falou pela primeira vez aos deputados, mas teve o depoimento tido como insuficiente. pela Cemig. Para eles, a chefe do setor de compras, pode falar mais a respeito de contratos feitos em licita��o.

H� suspeitas sobre as decis�es de dispensar pareceres jur�dicos para basear servi�os firmados sem editais. Um dos contratos que intriga os componentes da CPI foi assinado com a IBM, multinacional de tecnologia. O acordo de R$ 1,1 bilh�o contempla fun��es como o controle do call center que presta suporte aos consumidores. O conv�nio foi oficializado pouco tempo ap�s a estatal romper acordo com a Audac, que havia vencido concorr�ncia para controlar o atendimento telef�nico.



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