O plen�rio do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, ontem, o julgamento da A��o Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.281, proposta pela Associa��o Nacional de Jornais (ANJ), contra normas que limitam a publicidade eleitoral em jornais impressos e pro�bem a veicula��o paga na internet. A avalia��o come�ou na semana passada e j� conta com votos de tr�s ministros: Luiz Fux, Andr� Mendon�a e Nunes Marques.
Durante a sess�o, os magistrados destacaram a import�ncia do jornalismo profissional e da presen�a dos principais jornais na internet, por meio de portais de grande alcance. A responsabilidade das m�dias sociais e o combate �s fake news tamb�m foram assuntos abordados.
O ministro Lu�s Roberto Barroso ressaltou o impacto das m�dias digitais na sociedade, sobretudo, na comunica��o e na forma��o das pessoas. "Anteriormente � revolu��o digital, o acesso ao espa�o p�blico e � difus�o de ideias, opini�es, fatos e not�cias sofria a intermedia��o da imprensa profissional, que fazia um filtro m�nimo daquilo que chegava ao espa�o p�blico", disse. "Havia o m�nimo de controle do que era divulgado largamente para a sociedade."
Barroso tamb�m criticou a propaga��o da desinforma��o e do discurso de �dio na internet. "Da mesma forma que democratizou o acesso ao conhecimento, tamb�m democratizou a difus�o da ignor�ncia", frisou. "Possibilitou a divulga��o de comportamentos anticient�ficos e as campanhas de �dio, desinforma��o, as mentiras deliberadas, muitas vezes, utilizadas como estrat�gias pol�ticas", acrescentou.