
Randolfe cita que Aras contrariou a Pol�cia Federal e pediu o arquivamento do inqu�rito contra Bolsonaro pelo vazamento de dados sigilosos sobre uma tentativa de ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O senador classifica como "ris�veis" os argumentos de Aras para pedir o encerramento da investiga��o e acusa suposta "in�rcia ministerial".
"O ilustre procurador-geral da Rep�blica parece renunciar �s suas verdadeiras atribui��es constitucionais quanto � ado��o de provid�ncias cab�veis em face de eventuais crimes comuns praticados pelo senhor presidente da Rep�blica", afirma.
"� preciso que se diga que a conduta est� inserida em um contexto mais amplo de aparente subservi�ncia do procurador-geral da Rep�blica aos interesses nada republicanos do senhor presidente da Rep�blica: proteger sua fam�lia e seus afiliados pol�ticos a troco de subverter toda a l�gica do funcionamento das institui��es democr�ticas e republicanas brasileiras", escreve o senador.
A Pol�cia Federal concluiu que Bolsonaro cometeu crime por vazar na internet um inqu�rito sigiloso que apurava uma suposta invas�o de um dos softwares do TSE. A investiga��o foi fechada mesmo sem o depoimento do chefe do Executivo, que n�o compareceu na audi�ncia marcada.
O relat�rio final foi assinado pela delegada federal Denisse Ribeiro. No documento, ela tamb�m pede o compartilhamento do caso com a investiga��o das mil�cias digitais. Ribeiro reiterou convic��o, mesmo sem o depoimento do presidente. Para a corpora��o, as provas juntadas durante a investiga��o s�o suficientes para a conclus�o. O caso est� nas m�os do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Na avalia��o de Augusto Aras, n�o houve crime de viola��o de sigilo funcional por parte de Bolsonaro porque os documentos vazados n�o estariam sob sigilo.
"Mesmo com a PF apontando o crime, Aras se manifestou pelo arquivamento de inqu�rito em que se atribuiu ao Bolsonaro a pr�tica de crime de viola��o de sigilo", escreveu Randolfe Rodrigues no Twitter nesta segunda-feira.
O pedido � para abertura de apura��es sobre a conduta do PGR na esfera administrativa, pelo Conselho Superior do Minist�rio P�blico Federal, na seara penal, pelo STF, e ainda no Senado Federal, �rg�o respons�vel por processar um eventual pedido de impeachment do procurador-geral.
Vazamento de dados
A Pol�cia Federal analisava uma live do presidente Jair Bolsonaro, realizada em 4 de agosto, ao lado do deputado Filipe Barros, na qual o chefe do Executivo afirma haver uma investiga��o sobre um ataque hacker contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No v�deo, o presidente faz campanha contra as urnas eletr�nicas e diz que elas n�o s�o seguras.
O caso ganhou propor��o porque a investiga��o da PF era mantida em sigilo por ainda estar em andamento. Portanto, os dados divulgados pelo presidente n�o poderiam ser tornados p�blicos.