
"O nosso ministro da Sa�de, o Queiroga, tem se comportado muito bem nessa quest�o. Eu tenho conversado com ele. Ele j� sinalizou, h� poucos dias, que seria uma portaria dele, como definido em lei, para n�s aqui sairmos da pandemia e entrarmos na endemia. Ou seja, isso deve acontecer at� o final deste m�s", apontou.
O chefe do Executivo defendeu ainda que os cuidados contra a covid-19 "n�o se justificam mais", pois, segundo ele, a pandemia "chegou ao fim". J� a OMS defende que a pandemia est� longe de acabar no mundo, apesar da diminui��o de casos. Especialistas tamb�m garantem que a medida de altera��o de status � precoce.
"Realmente, n�o se justifica mais todos esses cuidados no tocante ao v�rus, porque todo mundo v� que praticamente acabou isso da�. Voc� v� no pr�prio carnaval, nas praias, que o povo abandonou praticamente m�scaras e outros cuidados. Por qu�? Porque praticamente chegou ao fim", alegou.
Bolsonaro tamb�m elogiou o programa de vacina��o de Queiroga e do ex-dirigente da Sa�de, Eduardo Pazuello, e destacou que os imunizantes foram comprados com dinheiro do governo federal e n�o dos governadores.
"Um programa de vacina��o muito bem feito pelo ministro Queiroga e pelo ministro Eduardo Pazuello, que o antecedeu. Ele come�ou as tratativas, as compras de vacinas l� atr�s. O Brasil come�ou a vacinar desde o in�cio de 2020. A vacina atingiu a todos os volunt�rios do Brasil e acreditamos que a quest�o do v�rus, da covid est� controlada. Ou seja, grande parte da popula��o imunizada com recursos do governo federal. Deixo bem claro que nenhum governador pagou ou comprou uma vacina sequer no Brasil", destacou.
O presidente ainda relacionou a queda de casos da covid-19 no pa�s � "imunidade de rebanho".
"Temos o que chama de imunidade de rebanho. Muita gente se contaminou e j� est� imunizada tamb�m. Ou seja, devemos, se Deus quiser, a partir do in�cio do m�s que vem, com a decis�o do ministro da Sa�de de colocar um fim na pandemia via portaria, voltar � normalidade no Brasil".
Hoje, ap�s desembarcar na Bahia e visitar o Senai Cimatec, o presidente foi recebido com vaias e gritos por um grupo de estudantes. Em r�pida entrevista no local, refor�ou que pretende alterar, at� o dia 31 de mar�o, a classifica��o da pandemia no pa�s.
"A tend�ncia do Queiroga, que � autoridade nesta quest�o, tem conversado na C�mara de Deputados, parlamentares, tamb�m o Supremo, que � o �rg�o federal. A ideia � que at� o dia 31, � a ideia dele, passar de pandemia para endemia e voc�s v�o ficar livres da m�scara em definitivo", concluiu.
Ontem, dia em que confirmou dois casos da deltacron no pa�s, Queiroga se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para discutir a possibilidade de o pa�s flexibilizar o estado de emerg�ncia sanit�ria. Na semana passada, ele j� tinha se encontrado com o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do mesmo assunto. Nesta sexta-feira, ele deve se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, para discutir a mudan�a.
A altera��o far� com que a covid-19 n�o seja mais tratada como uma emerg�ncia de sa�de, fazendo com que medidas de combate � doen�a, como o uso de m�scaras, percam a validade.
Se a pandemia for rebaixada a endemia no pa�s, essa ser� uma decis�o �nica no contexto mundial. Por isso, n�o h� consenso entre os especialistas.
No dia 3, Bolsonaro anunciou que Queiroga j� estudava rebaixar, de pandemia para endemia, o status da covid-19 no Brasil, "em virtude da melhora do cen�rio epidemiol�gico".