
Por orienta��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que vai concorrer novamente ao Pal�cio do Planalto, o PT n�o dever� lan�ar candidatura pr�pria a governador de Minas, apoiando o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), com o deputado estadual Agostinho Patrus (PV) como companheiro de chapa. A alian�a s� n�o ser� efetivada se ocorrer algum "acidente de percurso". No entanto, o PT colocar� como uma das "condicionantes" para fechar o acordo a indica��o do deputado federal Reginaldo Lopes para concorrer ao Senado na chapa.
Esse cen�rio � colocado pelo presidente do diret�rio do Partido dos Trabalhadores em Minas, deputado estadual Cristiano Silveira, que diz que Reginaldo Lopes tamb�m � o "preferido" de Lula. Por�m, o deputado federal petista tem pela frente um concorrente, o senador Alexandre Silveira, filiado ao PSD de Kalil e que vai disputar a reelei��o.
Cristiano Silveira afirma que a decis�o do partido de acompanhar Kalil na elei��o estadual segue uma recomenda��o do ex-presidente Lula, no sentido de beneficiar tanto o petista como o ex-prefeito de BH.
"O (ex) presidente Lula defende a alian�a com o Kalil. Ele n�o defende, a priori, a candidatura pr�pria. Ele entende que isso aumenta a for�a dele (Lula) no estado e fortalece, ajuda muito, o Kalil a crescer nas pesquisas e at� a vencer as elei��es", disse o presidente regional do PT.
Alexandre Kalil ,que renunciou o mandato na prefeitura no in�cio desta semana, vai disputar o Pal�cio Tiradentes contra o atual governador Romeu Zema (Novo), que tentar� a reelei��o. O companheiro de chapa de Zema ainda � indefinido.
O deputado Cristiano Silveira lembra que, para definir o seu rumo na elei��o de 2022 em Minas o PT vai aguardar at� maio, tendo em vista que naquele m�s, o partido vai decidir a forma��o de uma federa��o com o PC do B e o PV. Nesse sentido, ele salienta que a federa��o poder� facilitar o entendimento para que o deputado Agostinho Patrus, atual presidente da Assembleia Legislativa, venha ser o companheiro de chapa do ex-prefeito de BH.
"O PV pertence � federa��o. Caso o Agostinho (Patrus) seja o nome escolhido pela federa��o, ele tamb�m ter� o apoio do PT", comenta.
"Ent�o, a tese que o PT esta trabalhando hoje � a alian�a (com Kalil). Caso aconte�a algum acidente de percurso nessa alian�a, n�s vamos reunir e discutir qual seria o caminho", afirma Silveira.
Por outro lado, ele assinalou: " O nosso entendimento � que a gente caminha na constru��o da Federa��o. A federa��o est� na alian�a com o Kalil. (Assim), o PV comporia com o Agostinho sendo o vice e n�s queremos a vaga de senador para disputar. Este � desenho que estamos trabalhando hoje".
Condicionantes
"O que o Partido dos Trabalhadores pleiteia � a vaga de candidato a senador. Sabemos que o PSD do Kalil tem o Alexandre Silveira, que tem a legitimidade de pleitear essa vaga para concorrer � reelei��o. Mas, tamb�m temos um nome competitivo, que � do deputado federal Reginaldo Lopes. Ele tamb�m � o candidato do (ex) presidente Lula", relata o dirigente petista estadual.
"Para que o Kalil tenha o deputado Agostinho Patrus como vice pelo PV e, consequentemente, pela federa��o, ele precisar� fazer entendimentos com a federa��o. E isso envolve o PV, PT e o PC do B. Desta maneira, n�o � poss�vel que ele tenha o Agostinho como vice sem dialogar e construir um entendimento com a federa��o com um todo", relata Silveira.
"O nome que a federa��o apoia para vice � o nome do Agostinho. Entretanto, h� outra condicionantes para a que a alian�a aconte�a, como por exemplo discutir a quest�o do (candidato ao) Senado, a pedido do PT e do (ex) presidente Lula. A�, o Reginaldo Lopes deixa de ser o candidato do PT e passa a ser o candidato da federa��o ao Senado. Ent�o, temos que discutir qual seria o entendimento, qual seria o acordo, qual seria sa�da par a a gente resolver a quest�o do (candidato ao) Senado", ponderou.
"N�o se trata somente da quest�o do vice. Mas sim da quest�o do Senado. Tanto o (candidato a) vice Agostinho como o Reginaldo para o Senado s�o nomes que a federa��o apresenta para essa alian�a", destacou o deputado estadual.
"Por enquanto, as tratativas est�o muito no campo da pol�tica - e pouco no �mbito da formaliza��o. Ent�o, ainda tem muita �gua para rolar debaixo da ponte", assinala Silveira.