
"Fui comunic�-lo da decis�o (de se filiar ao PSDB), e durou cinco minutos. Ficamos mais uma hora conversando sobre todos os assuntos", disse, em entrevista coletiva na sede estadual do partido, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte.
Brant afirmou n�o ter "a menor ideia" sobre eventual cargo a disputar na elei��o do ano que vem. Al�m do pleito para governador, estar�o em jogo cadeiras na Assembleia Legislativa, na C�mara dos Deputados e no Senado Federal. O vice-governador esteve no PSDB entre 2007 e 2015. E, antes de ingressar no Novo, passou pelo PSB.
Economista e engenheiro civil, o vice-governador optou por retornar � agremia��o tucana por buscar espa�os que defendam o que chamou de "social democracia contempor�nea", que une apoio � iniciativa privada e livre mercado a um estado fortalecido, capaz de pol�ticas em prol da redu��o de desigualdades.
Embora garanta ter boa rela��o com deputados federais e estaduais da antiga legenda, Brant relatou discord�ncias com o programa do partido. "Minha diverg�ncia em rela��o ao Novo diz respeito �s ideias do ponto de vista da agenda econ�mica, que acho muito liberal e (que) subestima a import�ncia do governo na reconstru��o do pa�s. E (h� diverg�ncias) na maneira como conduzem a pol�tica, que acho sect�ria e um pouco exclusivista", opinou.
O PSDB comp�e a base aliada a Zema na Assembleia. O deputado Gustavo Valadares, secret�rio-geral da legenda em Minas, � o l�der do governo. Segundo o deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente estadual da sigla, a incorpora��o de Paulo Brant aos quadros do partido n�o significa a amplia��o da influ�ncia tucana na Cidade Administrativa.
"N�o h� vincula��o entre a participa��o do PSDB no governo e a vinda desse velho tucano que andou voando por outros ares durante alguns tempos. Estamos pensando muito mais no futuro que no presente", observou.
Papel em 2022 ainda � inc�gnita
De acordo com Abi-Ackel, ainda � cedo para cravar os rumos do PSDB nas urnas em 2022. Apesar de pregar cautela, o dirigente reconheceu que a chegada do vice-governador aumenta a "capacidade competitiva" da legenda.
"N�o temos, ainda, nenhuma perspectiva em rela��o �quilo que pode acontecer. A chegada do Paulo Brant abre o leque de possibilidades para o PSDB em 2022, sem d�vida nenhuma."
Como j� mostrou o Estado de Minas, o PSDB espera sinais nacionais para definir a caminhada a seguir em Minas Gerais. Se o partido lan�ar um candidato � presid�ncia capaz de unir o centro, a avalia��o � de que a sigla precisar� de um nome para construir palanque no estado. Se outra agremia��o, com o apoio tucano, aglutinar for�as centristas a n�vel nacional, os planos podem mudar.
Brant foi 'quase candidato' a prefeito de BH
Um ano ap�s encerrar o primeiro ciclo no PSDB, em 2016, Paulo Brant chegou a ser oficializado como representante do PSB na corrida pela sucess�o de Marcio Lacerda em Belo Horizonte. A articula��o, no entanto, acabou sendo interrompida de �ltima hora, e Brant acabou saindo da disputa.
O candidato apoiado pelo ent�o prefeito passou a ser D�lio Malheiros, que � �poca concorreu pelo PSD.
O evento de retorno do vice de Zema ao PSDB teve a participa��o de deputados federais e estaduais da sigla. Gustavo Valadares e Ilce Rocha, prefeita de Vespasiano, na Regi�o Metropolitana, discursaram saudando o novo correligion�rio.