
Ao comentar um texto em que Miriam classifica o presidente Jair Bolsonaro (PL) como "inimigo da democracia", Eduardo escreveu "Ainda com pena da cobra". Ele utilizou um emoji para fazer refer�ncia ao animal.
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%u2014 Eduardo Bolsonaro%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 (@BolsonaroSP) April 3, 2022
Profissional de imprensa do "Grupo Globo", Miriam foi presa quando tinha 19 anos. Trancada em um batalh�o do Ex�rcito localizado em Vit�ria (ES), ela perdeu 11 dos 39 quilos que pesava quando chegou.
"Fiquei presa ali, no 38º Batalh�o. Os torturadores vieram de fora e, depois, sumiram. Eles trouxeram a cobra. Eu lembro que chamavam o pior dos torturadores, o dono da cobra, de doutor Pablo", disse a jornalista, em 2014, ao "Observat�rio da Imprensa".
Repercuss�o negativa
Nas redes, colegas e pol�ticos se solidarizaram com Miriam. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) chamou Eduardo Bolsonaro de "canalha", "covarde" e "imbecil"."Esse infeliz debocha da dor de uma mulher que sofreu na ditadura, regime instalado por gente da laia do seu pai. O Brasil n�o merece essa fam�lia ordin�ria", indignou-se.
"Minha solidariedade � jornalista e meu compromisso de seguir lutando para acabar, definitivamente, com o Bolsonarismo", endossou a parlamentar Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
Vera Magalh�es, apresentadora do "Roda Viva", da "TV Cultura", tamb�m repudiou as declara��es do deputado.
"Miriam Leit�o foi torturada gr�vida pela ditadura que essa fam�lia apoia. O deputado federal por S�o Paulo faz um coment�rio nojento e indigno desse. A inf�mia est� t�o normalizada que faz o que faz e n�o sofre nenhuma puni��o do conselho de �tica. Pessoa baixa".
Na semana passada, quando o golpe militar completou 58 anos, Bolsonaro voltou a ignorar as mortes, desaparecimentos e pris�es ocorridas durante o regime para exaltar o per�odo.
"Quem esteve no governo naquela �poca fez a sua parte. O que seria do Brasil sem as obras do governo militar? N�o seria nada, seria uma republiqueta", falou.