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Estado de Minas LUCRO RECORDE

Bolsonaro critica, mas Petrobras avisa que manter� pre�os do mercado

O presidente da empresa, Jos� Mauro Coelho, garante que empresa pretende seguir com a pol�tica atual


07/05/2022 04:00 - atualizado 07/05/2022 07:34

José Mauro Coelho, presidente da Petrobras
"N�o podemos nos desviar da pr�tica de pre�os de mercado. � uma condi��o necess�ria para a gera��o de riqueza n�o s� para a empresa, mas para toda a sociedade brasileira, fundamental para a atra��o de investimentos ao pa�s e para garantir o suprimento dos derivados que o Brasil precisa importar" Jos� Mauro Coelho, presidente da Petrobras (foto: AG�NCIA BRASIL)
 Bras�lia – Apesar das novas e duras cr�ticas do presidente Jair Bolsonaro feitas durante sua transmiss�o semanal de quinta-feira, quando chamou os lucros de Petrobras de “estupro” e criticou o novo reajuste no pre�o dos combust�veis, o presidente da empresa, Jos� Mauro Coelho, disse que vai continuar seguindo a paridade internacional para continuar a gerar riqueza para o pa�s e evitar o desabastecimento energ�tico. 

 

A declara��o ocorreu durante entrevista coletiva de imprensa realizada um dia ap�s o an�ncio do lucro recorde de R$ 44,5 bilh�es no primeiro trimestre de 2022.

 

“N�o � s� pre�o do barril. � gest�o respons�vel que tem sido feita nos �ltimos anos. N�o podemos nos desviar da pr�tica de pre�os de mercado. � uma condi��o necess�ria para a gera��o de riqueza n�o s� para a empresa, mas para toda a sociedade brasileira, fundamental para a atra��o de investimentos ao pa�s e para garantir o suprimento dos derivados que o Brasil precisa importar.”

 

Mauro Coelho ressaltou que a Petrobras tamb�m pagou dividendos e impostos em n�veis recordes. “Somente em dividendos, foram R$ 70 milh�es, que contribuem para que estados e munic�pios invistam”, informou. A Petrobras registrou lucro l�quido de R$ 44,561 bilh�es no primeiro trimestre deste ano. O valor representa alta de 3.718,4% em rela��o ao mesmo per�odo de 2021, quando a estatal registrou R$ 1,16 bilh�o de lucro, devido, principalmente, aos impactos negativos da pandemia.

 

Ontem, a Petrobras chegou ao 57º dia desde o �ltimo reajuste da companhia, ocorrido em 18 de mar�o, ultrapassando o per�odo de contingenciamento anterior. Naquela ocasi�o, o an�ncio do aumento de pre�os foi realizado tamb�m no 57º dia, sob o argumento de que a estatal n�o podia mais sustentar a defasagem entre os valores praticados pela Petrobras e o mercado.

 

Dados da Associa��o Brasileira dos Importadores de Combust�veis (Abicom) apontam uma defasagem m�dia de 21% no �leo diesel e de 17% para a gasolina, no 57º dia desde o �ltimo reajuste. 

 

A Abicom indica que o mercado internacional e o c�mbio— do d�lar — pressionam os pre�os dom�sticos. "Arbitragem desfavor�vel na m�dia de -R$ 1,27/l, variando entre        -R$ 1,51/l a -R$ 0,29/l, a depender do porto de opera��o", avalia. 

 

O pre�o da gasolina tamb�m est� defasado, de acordo com a Abicom. "Arbitragem desfavor�vel na m�dia de R$ 0,78/l, variando entre R$ 0,89/l a R$0,48/l, a depender do porto de opera��o", apontam.

 

PETROLEIROS A Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP) criticou ontem o lucro bilion�rio registrado no primeiro trimestre pela Petrobras. O lucro de R$ 44,5 bilh�es da empresa foi 38 vezes maior que o mesmo per�odo do ano passado, segundo a FUP, e traz a marca da infla��o recorde dos combust�veis e da transfer�ncia de riqueza promovida pela pol�tica de paridade internacional de pre�os do governo Jair Bolsonaro.

 

Em carta divulgada junto ao relat�rio financeiro da empresa, Jos� Mauro Coelho atribuiu o resultado ao fato de a empresa estar agora saneada, com redu��o de encargos para pagamento de d�vidas, investindo com responsabilidade e efici�ncia. 

 

"Reajustes abusivos nos derivados de petr�leo no mercado interno adotados pela gest�o da Petrobras, com base na pol�tica de Pre�o de Paridade de Importa��o (PPI), garantem altos lucros aos acionistas, que receber�o dividendos de R$ 48 bilh�es relativos ao exerc�cio de 2022, em menos de seis meses ap�s a megadistribui��o de R$ 101 bilh�es do exerc�cio anterior”, avalia Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, ao comentar os lucros da Petrobras. 

 

Ele ainda enfatizou que o foco da estatal, hoje, � gerar e distribuir valor, principalmente para acionistas privados. "Mais de 45% s�o investidores estrangeiros, com a��es da Petrobras nas bolsas de S�o Paulo e Nova York."

 

No governo Bolsonaro, de janeiro de 2019 a 1º de maio de 2022, a gasolina nas refinarias teve alta de 165,8%; o diesel, 155,2%; e o GLP, 118,4%, levando o pre�o do botij�o de g�s de 13 quilos para acima de R$ 120.

 

Estudo do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese/Subse��o FUP), com base nas informa��es dos relat�rios de desempenho financeiro da Petrobras de 2019 , 2020 e 2021, mostra que a estatal apresentou, em 2021, um custo m�dio de extra��o de petr�leo e produ��o de derivado de R$ 114,89 por barril e vendeu esse produto no mercado interno por R$ 416,40 o barril. 

 

O lucro gerado foi de R$ 301,52 por cada barril comercializado no pa�s no ano passado. A Petrobras comemorou, em 27 de abril, o aumento na produ��o de petr�leo e derivados apontado no relat�rio de produ��o e venda do primeiro trimestre de 2022. 

 

"Se a Petrobras comemorou o aumento na produ��o, com o custo majoritariamente em real, por que a popula��o segue pagando em d�lar? � urgente abrasileirar o pre�o dos combust�veis", ressaltou Bacelar.

 

A partir de hoje, os postos não podem mais exibir preços com três casas decimais
(foto: JAIR AMARAL/EM/D.A.PRESS )
 

 

Termina prazo para postos adequarem casas decimais

 

Bras�lia – Termina hoje o prazo para que postos em todo pa�s se adequem � regra de exibir o pre�o dos combust�veis com duas casas decimais, e n�o mais com tr�s, como ocorre atualmente. A mudan�a foi determinada pela Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) por meio da Resolu��o 858/2021, publicada em novembro do ano passado. De acordo com a ANP, o objetivo da mudan�a “� deixar o pre�o do combust�vel mais preciso e claro para o consumidor, al�m de estar alinhado com a express�o num�rica da moeda brasileira”.

 

Assim sendo, acrescenta a ag�ncia, os pre�os dever�o ser exibidos com duas casas decimais tanto no painel de pre�os quanto nos visores das bombas abastecedoras. A ANP informa, no entanto, que nas bombas o terceiro d�gito poder� ser mantido, desde que marcando zero e travado no momento do abastecimento. “Dessa forma, os postos n�o precisar�o trocar os m�dulos das bombas, o que poderia acarretar custos aos agentes econ�micos”, justificou a ag�ncia.

 

Na avalia��o da ag�ncia, a mudan�a n�o implicar� aumento do valor final dos pre�os dos combust�veis, uma vez que a norma n�o trar� “custos relevantes aos revendedores e nem restri��es aos pre�os praticados”. 


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