
A decis�o do presidente Jair Bolsonaro de mudar o comando do Minist�rio de Minas e Energia (MME), em meio � escalada de pre�os dos combust�veis, foi considerada insuficiente pelos caminhoneiros.
Para a Associa��o Brasileira de Condutores de Ve�culos Automotores (Abrava), o cen�rio � de "pr�-caos". O presidente da entidade, Wallace Landim, afirmou que a categoria observa a escolha de Bolsonaro como um vi�s eleitoreiro.
"N�s vemos como um movimento conjunto do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) para tentar enquadrar os seis membros do governo no conselho de administra��o da Petrobras, visando mudar a pol�tica de pre�os da estatal. Guedes (est�) assustado com a infla��o, e Ciro, preocupado com a reelei��o de Bolsonaro", argumentou Landim.
Ele destacou que transportadoras e caminhoneiros aut�nomos t�m dificuldade em operar por causa dos reajustes. "Os impactos s�o tr�gicos. A situa��o passou de todos os limites, e o diesel ainda est� com o valor 10% defasado em rela��o ao pre�o internacional, ou seja, v�m mais aumento nas bombas em breve", lamentou.
O deputado Nereu Crispim (PSD-RS) — presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Aut�nomos e Celetistas — culpou Bolsonaro pelo aumento dos combust�veis e criticou a troca de comando no MME.
"� mais um show do presidente. A culpa � unicamente dele, da pol�tica de pre�os dele. Esse ministro que saiu est� servindo de bode expiat�rio, como os outros dois presidentes da Petrobras, servindo de fantoche para o presidente", disse.
Crispim lembrou da promessa feita pelo ent�o deputado Jair Bolsonaro, em 2018, no auge da paralisa��o dos caminhoneiros, de que a classe teria apoio incondicional em seu governo. "Ele era candidato � Presid�ncia da Rep�blica e gravou um v�deo dizendo que ia apoiar a pauta dos caminhoneiros. Ele mentiu", criticou.
Diante do cen�rio incerto, o Sindicato dos Transportadores Rodovi�rios Aut�nomos de Bens do Esp�rito Santo (Sindicam/ES) iniciou, ontem, uma greve no estado. "Entendemos que a situa��o dos aut�nomos ficou insustent�vel depois de tantos reajustes, seja no pre�o do diesel, seja dos insumos que comp�em o dia a dia do caminhoneiro", argumentou a entidade em comunicado.
A Abrava tamb�m comentou a declara��o do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, em defesa da privatiza��o da Petrobras. "O Brasil precisa de uma estrat�gia de curto prazo para frear essa voracidade da Petrobras em saquear o bolso dos brasileiros, e n�o vender a PPSA e a Petrobras", disse Wallace Landim, no comunicado.