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Estado de Minas ELEI��ES 2022

PL se equilibra entre acordos locais e apoio a Bolsonaro

Partido do presidente tenta fazer alian�as nos estados, mas esbarra em quest�es regionais para conseguir palanque


29/05/2022 04:00 - atualizado 29/05/2022 07:38

Alan Santos/PR
Na sexta-feira, Bolsonaro esteve em Goi�s para evento religioso e foi acompanhado pelo deputado federal Vitor Hugo, candidato ao governo (foto: Alan Santos/PR)

Quando Jair Bolsonaro (RJ) anunciou a filia��o ao PL, em abril, o partido de Valdemar Costa Neto (SP) comemorou. Muitos bolsonaristas acompanharam o presidente da Rep�blica e migraram para o partido, que passou a deter a maior bancada da C�mara dos Deputados, com 73 parlamentares. Desempenho que alimentou a expectativa de palanques robustos nos estados para dar suporte � campanha de reelei��o do presidente. Mas a realidade tem se mostrado mais complexa. Mesmo onde o bolsonarismo � forte, o partido n�o se estabelece como principal catalisador das for�as de direita, seja por falta de nomes, seja por conveni�ncias locais.

Em dois estados de interesse dos caciques do Centr�o, por exemplo, as disputas locais prevaleceram sobre a necessidade de ofertar palanques fortes a Bolsonaro. Em Alagoas, a tend�ncia do PL � apoiar o senador Rodrigo Cunha (Uni�o Brasil), que tem o respaldo do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP), para enfrentar o emedebista Veneziano Vital do Rego. Favorito nas pesquisas, Vital do Rego abrir� palanque para Lula em uma grande frente que une partidos da esquerda � direita, sob a b�n��o do cl� Calheiros, do senador Renan (MDB) e do ex-governador Renan Filho (MDB), inimigos pol�ticos de Lira. O problema � que Rodrigo Cunha prefere n�o se comprometer politicamente com o bolsonarismo e evita colar a pr�pria imagem � do presidente.

Cen�rio semelhante est� se dando no Piau�, do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, principal cacique do Centr�o. O PP vai acompanhar a pr�-candidatura do Uni�o Brasil ao governo do estado, com S�lvio Mendes. Mas ele j� declarou que n�o abrir� palanque para Bolsonaro. Por isso, o PL deve lan�ar chapa pr�pria apenas para acolher o presidente.

No Par�, diante do amplo favoritismo do atual governador, Helder Barbalho (MDB), que tamb�m aglutinou um amplo leque de apoios, o PL teve que lan�ar o senador Zequinha Marinho ao governo e o ex-senador M�rio Couto ao Senado para dar palanque a Bolsonaro. No Amazonas, o partido est� comprometido com a reelei��o do governador Wilson Lima (Uni�o Brasil), com o coronel Alfredo Menezes (PL) candidato ao Senado.

O l�der do PL na C�mara, deputado Altineu C�rtes (RJ), disse ao Correio/Di�rios Associados que, independentemente dos arranjos estaduais, o PL ser� “200% Bolsonaro”, e que as diverg�ncias ser�o resolvidas at� as conven��es. “Bolsonaro � nosso comandante, n�s n�o vamos permitir que nenhum aliado se descole dele”, completou. “O partido est� muito bem-estruturado no Brasil inteiro. Temos mais de 15 candidatos ao Senado, mas � natural que tenha estado em que a gente ainda precise avan�ar (nas negocia��es).”

C�rtes cita como exemplo de boa articula��o o apoio do PL � pr�-candidatura do ex-ministro da Infraestrutura Tarc�sio de Freitas (Republicanos) ao governo de S�o Paulo, o maior col�gio eleitoral do pa�s. O ex-ministro tenta atrair para a alian�a o apresentador Jos� Luiz Datena (PSC) – favorito nas pesquisas para a �nica vaga ao Senado em disputa. Ao PL, caber� a indica��o do candidato a vice-governador. “Tudo devidamente acertado antes”, frisou o l�der.

O palanque mineiro tamb�m est� encaminhado. O partido do presidente lan�ou o l�der do governo no Senado, Carlos Viana, para a disputa ao governo estadual, e o ex-ministro do Turismo Marcelo �lvaro Ant�nio ao Senado. Para a vaga de vice, o PL flerta com o PP. Situa��o semelhante � do Esp�rito Santo, que tem o ex-deputado federal Carlos Manato (PL) como postulante � sucess�o do governador Renato Casagrande (PSB), acompanhado pelo ex-senador Magno Malta (PL), que tentar� voltar � C�mara Alta. O vice � moeda de negocia��o.


A situa��o no Sul e no Nordeste

No Rio Grande do Sul, o presidente ter� como aliado de partido o ex-ministro Onyx Lorenzonni (PL). O senador Jorginho Mello, pr�-candidato ao governo, ser� o anfitri�o de Bolsonaro em Santa Catarina. No Paran�, a tend�ncia do PL � indicar o candidato a vice ou ao Senado na chapa do governador Ratinho Jr. (PSD), que concorre � reelei��o.

Na regi�o em que Lula tem sua maior base de apoio, o PL articula o lan�amento de algumas candidaturas com pouca viabilidade eleitoral, apenas para oferecer palanque ao presidente Bolsonaro. � o caso Cear�, que estuda lan�ar o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos, mas a ala ligada ao presidente Bolsonaro defende o apoio ao deputado federal Capit�o Wagner (Uni�o Brasil).

Em Pernambuco, o ex-prefeito de Jaboat�o dos Guararapes Anderson Ferreira deve assumir a candidatura ao governo do estado s� para dar suporte � elei��o do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que tentar� uma vaga ao Senado. Mas a legenda encontra dificuldade para formar alian�as. � o mesmo problema que o partido enfrenta na Bahia. O candidato de Bolsonaro ao governo � o ex-ministro da Cidadania Jo�o Roma, que n�o ainda n�o conseguiu costurar alian�as.

Na Para�ba, o PL apresentou uma chapa puro-sangue, liderada pelo jornalista Nilvan Ferreira, para enfrentar o palanque do MDB, aliado de Lula no estado. No Maranh�o, o partido lan�ou o deputado federal Josimar Maranh�ozinho, mas estuda se aliar ao PSC e ao PTB. Em Sergipe, estuda lan�ar o ex-prefeito de Itabaiana Valmir de Francisquinho ao governo do estado, porque as demais legendas conservadoras tendem a acompanhar o pr�-candidato do PSD, deputado federal F�bio Metidieri (PSD), simp�tico a Lula.

Centro-Oeste

Com grande influ�ncia do agroneg�cio, o Centro-Oeste � a regi�o em que o PL se sente mais confort�vel para compor alian�as que assegurem palanques leais ao presidente Bolsonaro. No Distrito Federal, o partido tenta emplacar a candidatura da ex-ministra da Secretaria de Governo Fl�via Arruda (PL) como candidata ao Senado. Ela dever� subir no palanque de reelei��o do atual governador, Ibaneis Rocha (MDB), que tamb�m anunciou prefer�ncia por Bolsonaro. O problema � que a ex-ministra Damares Alves (Republicanos) tamb�m entrou no p�reo e embaralhou o jogo.

Em Goi�s, as op��es s�o, por enquanto, a pr�-candidatura do deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) ao governo. Ou uma coliga��o com o governador atual, Ronaldo Caiado (Uni�o).

Em Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes (PL) vai para a reelei��o. S� falta definir com quem. Se em uma composi��o com o governador, Mauro Mendes (Uni�o) – que j� declarou apoio a Bolsonaro – ou em chapa pr�pria. Em Mato Grosso do Sul, o palanque governista n�o tem o PL. A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP) tentar� vaga no Senado em uma coliga��o com os tucanos, que indicam o ex-secret�rio de Infraestrutura Eduardo Riedel (PSDB), como pr�-candidato � sucess�o do atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB).


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