
Ao Correio, Tebet deu mais detalhes sobre a agress�o que sofreu. Disse que o fato ocorreu quando ela era estagi�ria de Direito na Universidade do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo ela, foi uma “tentativa f�sica de um chefe”. Ela considera essa uma quest�o delicada, porque n�o houve den�ncia na �poca - “n�o tinha provas nem nada” -, e que ela decidiu pedir demiss�o do est�gio.
“Depois disso eu comecei a ser aut�noma e n�o tive mais esse problema de ass�dio hier�rquico. Eu tinha uma situa��o financeira favor�vel, n�o dependia do emprego, ent�o me afastei”, contou ela. Mas ressalvou que essa n�o � a realidade da maioria das mulheres. “N�o � isso que acontece no ambiente de trabalho, tem aquelas mulheres que dependem do emprego e ficam arrastando a situa��o acreditando que vai parar, que vai melhorar, e a tend�ncia � s� aumentar a agress�o, at� com tentativas mais s�ria em rela��o a viola��es ao corpo da mulher.”
Respeito � mulher
O tema foi levantado na entrevista coletiva por causa da den�ncia contra o presidente da Caixa Pedro Guimar�es, acusado de ass�dio sexual por funcion�rias do banco estatal. Ela defendeu a “demiss�o sum�ria” de Guimar�es, “com amplo direito de defesa”.
“O m�nimo que se exige de respeito � mulher no mercado de trabalho � o respeito a sua condi��o de ser mulher. Eu j� sofri ass�dio sexual no ambiente de trabalho. J� sofri ass�dio moral no ambiente pol�tico. Mulheres n�o podem e n�o v�o aceitar esse ass�dio”, declarou a pr�-candidata.
Ela disse que qualquer ass�dio deve ser punido, mas defendeu pol�ticas p�blicas, a partir da educa��o, que mudem o que chamou de “cultura” da discrimina��o da mulher no pa�s. “Temos que rever nosso c�digo penal, mas precisamos avan�ar na preven��o”, declarou.