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Estado de Minas Elei��es 2022

Pr�-campanha: ataques a pol�ticos e imprensa preocupam autoridades

Autoridades est�o preocupadas com amea�as a pol�ticos, partidos e � imprensa e temem o aumento da viol�ncia nas pr�ximas semanas


09/07/2022 09:03 - atualizado 09/07/2022 09:46

Segundo ataque a Lula acendeu a luz de alerta na Polícia Federal
Segundo ataque a Lula acendeu a luz de alerta na Pol�cia Federal (foto: Ag�ncia Brasil)

A menos de tr�s meses das elei��es, o Brasil enfrenta momentos de tens�o em meio ao acirramento pol�tico. No Rio de Janeiro, um artefato com fezes foi lan�ado perto do com�cio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). Em Bras�lia, o juiz que mandou prender o ex-ministro Milton Ribeiro teve o carro atacado com dejetos e terra. Agora, as for�as de seguran�a trabalham para evitar que novos atentados aconte�am neste contexto — com consequ�ncias que podem ser ainda mais graves.


Os epis�dios desta semana n�o s�o isolados. Em fevereiro, Lula mudou-se de S�o Bernardo do Campo para S�o Paulo por motivos de seguran�a. No fim de junho, um drone jogou fezes e urina em outro evento da pr�-campanha que teve a presen�a de Lula, em Minas Gerais. Diante da situa��o, pr�-candidatos refor�aram a seguran�a e deixaram de divulgar trajetos e hor�rios exatos dos compromissos pr�-eleitorais.


Investiga��es da Pol�cia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) apontam que grupos de �dio e radicais pol�ticos se re�nem nas redes sociais e f�runs an�nimos para organizar ataques a pol�ticos e institui��es. Na maioria das vezes, essas agress�es ficam circunscritas ao meio virtual, com a dissemina��o de not�cias falsas e xingamentos direcionados a autoridades, por exemplo. No entanto, a cada dia, cresce mais o n�mero de atos hostis no mundo real.


Al�m da pol�cia e do Poder Judici�rio, a escalada de atentados tamb�m chama aten��o dos congressistas. Em audi�ncia p�blica no Senado, nesta semana, o senador Humberto Costa (PT-PE) destacou que ataques contra a vida de candidatos cresceram exponencialmente nos �ltimos quatro anos. Ele destacou a obriga��o dos poderes Legislativo e Executivo de promover um ambiente de seguran�a institucional e jur�dica para a preserva��o da democracia.


"Atos violentos t�m sido uma pr�tica comum em v�rias regi�es do pa�s. Os casos de viol�ncia pol�tica n�o atingem s� pol�ticos. Jornalistas, ativistas sociais, ambientalistas, in�meros profissionais que lutam pela manuten��o da democracia no nosso pa�s s�o alvos constantes da intoler�ncia daqueles que n�o admitem o contradit�rio, a oposi��o. O sistema eleitoral brasileiro n�o est� livre desses ataques", disse o parlamentar.


O advogado Lucas Fernando Serafim Alves, especialista em direito penal, ressaltou que a legisla��o brasileira n�o tem uma puni��o espec�fica para ataques no contexto pol�tico. "Por mais que n�s tenhamos uma circunst�ncia — que � um aumento dessa viol�ncia sist�mica contra o Judici�rio, contra pol�ticos, contra o jornalismo — � dif�cil punir isso de uma maneira geral. � preciso reprimir essas a��es individuais para que cause um amedrontamento desta pr�tica criminosa", recomendou.


A advogada Amanda Bessoni Boudoux Salgado afirma que, no meio virtual, a lei j� prev� casos de amea�as e intimida��es. "Condutas como o envio de mensagens amea�adoras por redes sociais ou por ataque a bens da v�tima, como seu ve�culo, resid�ncia etc. podem configurar crimes caso essas amea�as sejam da provoca��o de mal injusto e grave, al�m de delitos contra a honra (como inj�ria) e, a depender do ocorrido, crime de dano caso seja destru�do, inutilizado ou deteriorado o patrim�nio da v�tima", explica.


Candidatos ter�o refor�o na seguran�a


A Pol�cia Federal se prepara para agir em casos extremos por causa do cen�rio polarizado. A corpora��o se reuniu com partidos para tra�ar uma estrat�gia sobre a seguran�a e o n�mero de agentes que devem atuar na prote��o dos candidatos � Presid�ncia durante a campanha eleitoral, que se inicia, oficialmente, em 16 de agosto.


Diante do cen�rio incerto e do contingente que essa seguran�a vai demandar, v�rios agentes t�m passado por treinamento especializado na Academia de Pol�cia Federal. A corpora��o estima em 30 o n�mero de policiais destacados para proteger cada candidato — contingente que pode mudar dependendo do grau de risco.


Juiz de Fora


A institui��o tem antecipado suas a��es na elabora��o de planejamento operacional para as elei��es presidenciais de 2022. A corpora��o teme atentados violentos contra os presidenci�veis, como o que aconteceu em 2018, com Jair Bolsonaro (PL), em Juiz de Fora (MG), quando o ent�o candidato � Presid�ncia sofreu um golpe de faca na regi�o do abd�men, desferido por Ad�lio Bispo de Oliveira.


O especialista em seguran�a p�blica Leonardo Sant'Anna observa que a Pol�cia Federal adotou a estrat�gia de seguran�a ap�s o epis�dio envolvendo Bolsonaro. "Nas �ltimas elei��es, o Brasil mudou o conceito de prote��o de candidatos durante o processo eleitoral. N�s n�o t�nhamos casos concretos. T�nhamos amea�as, questionamentos, agressividade verbal, pela internet, mas nunca um caso real", ressalta. (LP)


Jornal � alvo


Ve�culos e profissionais de imprensa tamb�m s�o amea�ados. Al�m das intimida��es pela internet a diversos comunicadores, nesta semana, a sede do jornal Folha de S.Paulo, na capital paulista, foi atingida por um proj�til disparado durante a noite. Segundo o di�rio, jornalistas que estavam no local escutaram um estampido vindo da rua. O tiro quebrou a janela da reda��o, mas ningu�m se feriu.

 


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