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Estado de Minas CRIME NO PARAN�

PT: Encerramento do inqu�rito � 'ofensa' � fam�lia de Marcelo Arruda

Em nota, o diret�rio do partido no Paran� contesta ainda o resultado do inqu�rito da Pol�cia Civil, que disse que o assassinato n�o teve motiva��o pol�tica


15/07/2022 16:15 - atualizado 15/07/2022 18:30

Marcelo Arruda
Os resultados do inqu�rito sobre o assassinato de Marcelo pelo bolsonarista Jorge Guaranho foram apresentados na manh� de hoje (15/7) (foto: DIVULGA��O)
O diret�rio do PT no Paran� afirmou nesta sexta-feira (15/7) que as conclus�es apresentadas pela Pol�cia Civil e pela Secretaria de Seguran�a P�blica do estado sobre o assassinato do tesoureiro do partido, Marcelo Arruda, "s�o prematuras" e que o encerramento das investiga��es "� uma ofensa � fam�lia de Marcelo".


"Entendemos que as conclus�es que constam no inqu�rito apresentado pela Pol�cia Civil e Secretaria de Seguran�a P�blica, s�o prematuras, e que podem levar a interpreta��o de que o que teria ocorrido com Marcelo, seria fruto de uma briga comum sem motiva��es pol�ticas", disse o partido em nota divulgada no in�cio desta tarde.

Os resultados do inqu�rito sobre o assassinato de Marcelo pelo bolsonarista Jorge Guaranho foram apresentados na manh� de hoje (15/7) pela Pol�cia Civil. Em coletiva de imprensa, a delegada respons�vel pelo caso, Camila Cecconello, afirmou que o crime n�o se enquadra como motiva��o pol�tica. Para tanto, a delegada explicou que seria necess�rio provar que o assassino queria impedir os direitos pol�ticos de Marcelo.

O inqu�rito determinou que Guaranho estava em um churrasco quando recebeu a informa��o do anivers�rio de Marcelo, que teve como tema o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), e foi at� o local para tocar uma m�sica de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ap�s uma discuss�o entre os dois, Guaranho saiu do local e voltou alguns minutos depois, entrou na festa e apontou sua arma para Marcelo. O petista, que era guarda municipal, tamb�m apontou uma arma para o bolsonarista. Segundo a Pol�cia Civil, o primeiro disparo foi feito por Guaranho.


 

Advogados n�o tiveram acesso �s investiga��es

Ao Correio, o presidente do PT no Paran�, deputado estadual Arilson Chiorato, questionou a celeridade com o qual o inqu�rito foi conduzido. "A investiga��o foi encerrada antes mesmo da missa de s�timo dia de Marcelo. N�o estou questionando o trabalho da Pol�cia Civil, mas v�rios elementos n�o foram contemplados nas investiga��es mesmo com pedido dos advogados, como os aparelhos eletr�nicos, o celular do assassino, que pode ter ligado para algu�m antes do crime", diz Chiorato.

O deputado apontou ainda que h� v�rios elementos da pr�pria investiga��o que contradizem a conclus�o de descartar motiva��o pol�tica. "Parece que eles quiseram mais tirar essa marca de crime pol�tico do caso do que investigar realmente a motiva��o". Segundo Chiorato, o diret�rio estadual do PT pede a reabertura do inqu�rito. Ele tamb�m participa de uma Comiss�o Parlamentar da Assembleia Legislativa do Paran� que ir� acompanhar as investiga��es a partir da pr�xima segunda-feira (18/7).

"Causa-nos preocupa��o o fato de que os advogados de Marcelo, n�o tenham tido amplo acesso as dilig�ncias e investiga��es desenvolvidas pela Pol�cia Civil, conforme divulgado em nota p�blica pelos mesmos. Reiteramos que a participa��o dos advogados, dos envolvidos nas dilig�ncias, � fator indispens�vel ao bom cumprimento do direito penal, e das garantias legais que regem o estado de direito", diz ainda a nota do PT do Paran�.


O partido refor�ou ainda o pedido para que o caso seja federalizado, e que o inqu�rito envolva a Justi�a Eleitoral, a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF). A nota cita tamb�m o pedido feito ontem (14/7) por partidos de oposi��o para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tome medidas para conter a viol�ncia durante o per�odo das elei��es.

"O encerramento apressado das investiga��es desse crime b�rbaro �, acima de tudo, uma ofensa � fam�lia de Marcelo, al�m de um progn�stico preocupante de coniv�ncia das autoridades com os futuros epis�dios de viol�ncia que amea�am as elei��es deste ano", diz o PT-PR. "O que ocorreu com Marcelo Arruda n�o pode ser naturalizado, t�o pouco banalizado, sob o risco de que a democracia brasileira sofra um processo traum�tico e sem precedentes de ruptura".

Confira a nota na �ntegra:

O Partido dos Trabalhadores do Paran� vem a p�blico manifestar sua surpresa com o resultado do inqu�rito apresentado pela Pol�cia Civil do Paran�, na manh� desta sexta-feira, 15, sob a dire��o da Delegada Camila Cecconelo, a respeito do brutal assassinato de Marcelo Arruda, ocorrido em Foz do Igua�u, no s�bado, 9 de julho.

Entendemos que as conclus�es que constam no inqu�rito apresentado pela Pol�cia Civil e Secretaria de Seguran�a P�blica, s�o prematuras, e que podem levar a interpreta��o de que o que teria ocorrido com Marcelo, seria fruto de uma briga comum sem motiva��es pol�ticas, narrativa esta, contestada pelos fatos amplamente divulgados na imprensa, com imagens e depoimentos que provam a motiva��o pol�tica do crime.


Causa-nos preocupa��o o fato de que os advogados de Marcelo, n�o tenham tido amplo acesso as dilig�ncias e investiga��es desenvolvidas pela Pol�cia Civil, conforme divulgado em nota p�blica pelos mesmos. Reiteramos que a participa��o dos advogados, dos envolvidos nas dilig�ncias, � fator indispens�vel ao bom cumprimento do direito penal, e das garantias legais que regem o estado de direito.

Reiteramos tamb�m, nosso apelo para que este inqu�rito seja federalizado com a participa��o da Justi�a Eleitoral, PGR e STF, para que salvaguardem o direito dos cidad�os, a manifestarem livremente suas op��es pol�ticas, sem que corram risco de serem assassinados. Na tarde desta quinta-feira, 14, partidos pol�ticos de diversas matizes, pediram para que o Tribunal Superior Eleitoral contenha a viol�ncia pol�tica neste momento t�o conturbado da vida p�blica brasileira, e que n�o permita mais que nenhuma manifesta��o de �dio feita pelo Presidente da Rep�blica venha a dar mais combust�vel a a��es violentas como presenciadas em Foz do Igua�u.

O encerramento apressado das investiga��es desse crime b�rbaro �, acima de tudo, uma ofensa � fam�lia de Marcelo, al�m de um progn�stico preocupante de coniv�ncia das autoridades com os futuros epis�dios de viol�ncia que amea�am as elei��es deste ano.

O que ocorreu com Marcelo Arruda n�o pode ser naturalizado, t�o pouco banalizado, sob o risco de que a democracia brasileira sofra um processo traum�tico e sem precedentes de ruptura. Continuaremos na luta por justi�a para Marcelo e contra toda forma de viol�ncia pol�tica.


Partido dos Trabalhadores do Paran�


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